terça-feira, 23 de outubro de 2012

Reage São Luís. Golpe não!

Reage São Luís. Golpe não!

Nas eleições deste segundo turno, muitas coisas estão em jogo. Não temos apenas uma disputa entre dois grupos políticos. Na eleição deste ano, em São Luís, está em jogo o futuro que queremos para o Maranhão.
De um lado está o atraso, o representante dos conservadores, o entulho autoritário remanescente da ditadura. O ditador que colocou a polícia contra os estudantes, na greve de 1979. Não há utopia, não há eficiência administrativa, não não transparência, não há uma nova cidade, com a permanência de Castelo à frente da prefeitura de São Luís.
Do outro lado está Edvaldo, jovem parlamentar, o representante do Maranhão jovem e idealista. Ao seu lado estão as consciências livres, os que acreditam na grande mudança que o Maranhão precisa sofrer. Ao seu lado está Flávio Dino, o nome que poderá conduzir o Maranhão para um cenário de mudança, de qualidade de vida, da sustentabilidade. Os dois estão juntos, afinados no discurso na mudança.
O conservador Castelo tem os seus aliados e eles estão se unindo para tomar a eleição. A cidade sabe da aliança que está montada entre o Grupo Sarney e o Grupo Castelo. Aliás, eles são irmãos siameses, fazem parte da coluna que prende o Maranhão ao atraso, à corrupção, à grande desigualdade social, onde prosperam os negócios do grupo oligárquico e dos seus aliados, com grande prejuízo para as políticas de saúde, educação, moradia, meio ambiente e infra-estrutura. Este grupo poderoso está preparado para tomar a prefeitura de qualquer jeito, usando todas as armas possíveis e, principalmente, as ilegais, como a compra de votos e a fraude das consciências.
Mas a mudança conta com o apoio da Cidadania. Mais que o envolvimento partidário, precisamos ocupar as ruas com a militância cidadã.  Estamos na batalha do Davi contra o Golias. Não podemos concordar com o golpe. A cidadania está  saindo às ruas para barrar as fraudes, a compra de votos, o abuso do poder econômico, para desmascarar as mentiras e garantir a vontade popular nas urnas, assim como a posse do candidato da mudança.
Vamos sacar as nossas fundas, colocar as camisas, o boné, o discurso afiado e conquistar mais um aliado. Vamos ganhar no debate sincero e honesto, sem jogada suja.
O nosso batalhão é formado por muitos Davis, homens e mulheres que acreditam no Maranhão como terra das oportunidades e da felicidade. Somos poderosos pois conseguimos unir a nosso colmeia. E o enxame está pronto para garantir a vitória para o candidato da mudança. Seja mais um.
Reage São Luís, Golpe não!

Moisés Matias

sábado, 21 de julho de 2012

Inventor desenvolve Biodigestor de recipientes interligados



 


Biodigestor de Recipientes Interligados

O inventor maranhense Veneraldo Costa desenvolveu e apresentará no encontro da SBPC o Biodigestor formado pela interligação de quantidades variadas de recipientes por meio de mangueiras, tendo como finalidade a produção de biogás e biofertilizante a partir de resíduos orgânicos, restos de alimentos, cascas de frutas, dejetos de animais e outros.
A utilização do biodigestor no aproveitamento dos residuos orgânicos domésticos proporciona uma destinação ecologicamente correta desses materiais, uma vez que não serão lançados diretamente no meio ambiente, além de produzir adubo e energia na forma de biogás.
A interligação dos recipientes apresenta duas finalidades principais:
· Primeira: permite que o biogás produzido em cada recipiente possa fluir através de um único duto, facilitando sua coleta e/ou utilização.
· Segunda: facilita o manuseio da biomassa, sendo possível acrescentar diminuir ou substituir recipientes, de acordo com a produção desejada e também de acordo com o tempo de retenção necessário para biodegradação da matéria orgânica contida no recipiente. Mais informações: Veneraldo ( 98) 81290180.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O sabor da criatividade - fragmento do livro Ecologia e Criatividade



O sabor da criatividade




 
Abril anuncia nuvens e trovoada

Abil é fruta de sabor acre
Quando maduro
Abre-se em gomos brancos
E sementes brilhosas

Ao ser aberto e comido
Deixa na boca um desejo
Que não se quer consumar
Deixa na mão um grude hábil

Há tempos
não sinto
o gosto abil
maspre sinto
oabil que não comerei

abril anuncia
nuvens carregadas
de notícias ruins 




 
                          O sabor da criatividade

 Na ladeira de um bairro popular, na cidade de São Luís, às duas horas da tarde, caminhava na direção de casa, cansado e com fome. De repente me vi fisgado por um odor familiar. Senti-me em um desenho animado seguindo o aroma no ar, aquela nuvenzinha que sempre aparece em situações semelhantes.
Um cheiro de peixe de água doce, cozido na água e no sal, com cheiro verde e chicória. Esse prato típico da gente do norte deve ser comido quente, acompanhado de farinha branca, com pirão, e molho de pimenta malagueta.
Não sei de onde saía o cheiro. Mas aquele aroma conduziu-me à minha infância, na hora do almoço. Envolvido pelo odor, ouvia os passos da minha mãe, na cozinha; o barulho da brasa estralando no fogão de lenha, e o cheiro da comida simples que iria consumir em alguns minutos, servido em uma panela grande, de onde minha mãe retirava, com uma concha de alumínio, porções generosas de caldo, pequenos peixes, com suas carnes delicadas e brancas se desfazendo ao cair no prato. Eu preferia a parte do rabo, com mais carne e menos espinhas, e também a cabeça, que eu colocava na boca, esmagava com os dentes e então sorvia a delícia de suco. Naquela tarde eu voltei ao Acre, quer dizer, fui à feira, comprei peixinhos de água doce e preparei para a família o manjar na janta.
Certa feita encontrei abiú na feira e comprei uma dúzia. Abiúl (Pouteria caimito) é uma fruta de cor amarela e dá em árvores de até 10 metros de altura, cujas folhas são verdes e brilhantes, tem a copa esgalhada e o tronco com a casca áspera.
Em casa, procurei a rede, limpei a casca lisa e brilhante, fechei os olhos e levei a fruta à boca. Deixei os dentes romper a casca, senti a polpa branca e doce se espalhar entre os dentes, misturar-se com a saliva e ocupar a região do gosto. Abiú é assim: ao ser aberto e comido deixa na boca um desejo que não se quer consumar.
Então voltei no tempo e me vi sentado no galho de um pé de abiú, pegando a fruta com a mão e comendo-a ali mesmo. Debaixo da árvore, meu irmão e os amigos disputavam, em uma algazarra alegre, o prêmio do abiú mais bonito.
As duas experiências mostram que o aroma, o gosto, os sons e as cores despertam a sensibilidade da memória e levam a imaginação a fluir com leveza, permitindo o passeio pela memória emocional, o valioso tesouro que trazemos dentro de nós e que é iluminado em circunstâncias especiais.
Existe um estado de abertura para a percepção do sensível em nossas vidas. Uma situação de esponja aberta para absorver, para sentir a luz do sensível, que ela venha na forma de sons, imagens, odores, sabores ou pensamentos, na hora que vier. Quando passo nas casas simples da zona rural do Nordeste, e vejo a antena parabólica, penso que naquela casa existe um canal aberto para as coisas do vasto mundo.

Costumamos manter os canais abertos para as coisas do mundo, através da internet, dos meios de comunicação, dos livros, dos filmes, das experiências sociais e culturais que envolvem as nossas vidas. De igual maneira, devemos manter a nossa antena interior aberta para os sinais, as cores e as formas que avivam a emoção criativa. E assim, embalados na poesia, somosembriagados em lá maior, onde o sol maior repica nos acordes de um novo dia.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Sítio ecológico e o prêmio nacional de reportagem



Sítio ecológico e o prêmio nacional de reportagem

A proposta do Sítio ecológico  será apresentada, em grande estilo, para uma seleta platéia nacional.  O Sebrae Nacional anuncia hoje, terça-feira (3), em solenidade na sede da instituição, em Brasília, os vencedores da quarta edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo.

Na categoria Telejornalismo, o trio Rayssa Alves, João Francisco Carvalho Junior e Edyjoel Rosa concorrem com a série "Mãos do desenvolvimento sustentável", exibida pela TV Cidade (Record) no ano passado, e que tem como tema da reportagem o Sítio Ecológico
O trabalho do trio maranhense de telejornalismo também concorre à Menção Honrosa de Repórter Cinematográfico.

O prêmio reconhece as melhores reportagens sobre micro e pequenas empresas (MPE) produzidas pelas redações de todo o Brasil.


O Prêmio Sebrae de Jornalismo é uma iniciativa do Sebrae com realização da revista Imprensa e apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).
A equipe da TV Record, que já conquistou o primeiro lugar, categoria telejornalismo, do Prêmio BNB de Jornalismo, o primeiro lugar no prêmio regional do SEBRAE, poderá trazer para o Maranhão o primeiro lugar nacional, da categoria telejornalismo. Valeu Rayssa e equipe!. Estamos na torcida! Veja o vídeo:




segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mais um fragmento do livro Ecologia e Criatividade

Seja curioso. Mais um fragmento do livro Ecologia e criatividade

Sentido




Palavra

ensandecida

ensandevida

incendiada

Palavra

encarnada

enfogueada

enfogareirada

Palavra

fornalhada

fundiada

fundida

Palavra

solta

salta

some



...e eu no encalço

buscando apreender

o sentido do que não

quer

Ser dito

pode

Palavra

queima como uma bola de foto

o juízo da gente



Ao chegar ao ponto mais alto da Cordilheira dosAndes, O Illimani, mais de 6.000 metros acima do nível do mar, em La Paz, Bolívia, no cenário de céu nublado e brancas neves, sentei em um bloco de pedras, à beira do despenhadeiro, e cantarolei baixinho:

“Eu é que não me sento no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar...”, música do maluco beleza Raul Seixas.

Estava ali em busca de algo. Não sabia exatamente o quê, mas buscava. O Curso de História, na Federal do Acre, ficara para trás. Queria, na verdade, experimentar a história dos Incas, o povo que dominou por séculos uma grande parte da América do Sul, e que deixou a sua marca na cultura da gente andina, com suas roupas coloridas,os cabelos lisos e negros, a sua cultura.

A próxima parada seria a cidade de Cusco, no Peru, onde iria conhecer Machu Pichu, a cidade perdida da civilização Inca. Em cada contato uma lição. Desde cedo carrego o hábito de ouvir os mais velhos. Os meus amigos íntimos sempre foram os mais velhos. Com o bom ouvido, a pergunta pronta, caderno, caneta e máquina fotográfica, fiz uma grande viagem.

Na infância o menino dos grandes olhos tornou-se um curioso voraz. Com poucos livros em casa, começou a ler qualquer coisa que estivesse ao alcance. Nos primeiros anos ficou íntimo de Walt Disney e dos seus personagens. Para ler as histórias, fazia qualquer coisa: trabalhava de graça, pegava emprestado, trocava por roupas e, muito raramente, comprava. Depois avançou para Texas, Conan, Homem Aranha, Capitão América, Fantasma, Zorro e Batman, entre outros. Concentrado na leitura, após conseguir um livro, caminhava, entrava no ônibus, atravessava a rua e subia escadas sem tirar os olhos das páginas.

Por um tempo ele adotou os livros de bolso de faroeste, do tipo chumbo grosso, chumbo quente, onde a bala zumbia a cada linha, no cenário do oeste americano. Foi vendedor de fotonovelas usadas, quando levava as revistas para ler em casa. As revistas eram recomendadas para garotas. Escabreado, virou a página e deixou as fotonovelas de lado. À época o seu sonho era conseguir uma banca de livros para trabalhar, onde poderia ler as publicações de graça.Através do Clube dos Livros, conseguiu comprar alguns exemplares por correspondência.

Vale destacar: Eram os deuses astronautas? de Erich Von Daniken, um curioso de marca maior, que levantou a possibilidade das antigas civilizações terem sido criadas por civilizações do espaço que aqui aportaram com suas naves, muitos anos atrás.Talvez a culpa por estar ali, sentado na pedra, no alto da Cordilheira dos Andes, fosse desse cara. No caminho, passei pelo Pantanal Matogrossense, no Trem do Pantanal, cantarolando:

“Enquanto este velho trem, atravessa o pantanal, o povo lá em casa espera que eu mande um postal” (Almir Sater). Sim, eu embarquei no Trem da Morte. Através dele cheguei ao Illimani, em La Paz.

Como o novelo da memória não tem fim, cada fio engata outro, desde novo peguei o mal da insônia. Passava horas acordado, tentando pegar uma nesga de sono. Depois,aprendi a caçar e juntar palavras. Enquanto os outros dormiam o sono dos justos, eu virava na rede, no encalço,buscando apreender o sentido do que não quer ou pode ser dito.

Andei por aí, fazendo perguntas, fotografando e juntando história. Por fim, acabei jornalista perguntador. Agora, vivo profissionalmente juntando letras e perguntando como, onde por que e para que. Sou, então, um curioso profissional.


Manoel Campanha, o mago dos jardins




A arte de jardins e hortas, o aproveitamento de pequenos espaços, nas casas, nos quintais de São Luís, conta com um artista: o nome dele é Manoel Campanhã. Natural de São Paulo, com vasta experiência na montagem de mosaicos criativos com plantas ornamentais, condimentares, frutíferas, ou pequenos canteiros de hortaliças, Manoel vem se dedicando à disseminação das plantas em São Luís, atendendo em domicílios, onde faz o projeto ao gosto da clientela.

Lyndon Johson, Promotor de Justiça, recebeu o Manoel Campanhã na sua casa, mostrou a área verde, as árvores com frutas, as plantas decorativas e nativas que cultiva no quintal e disse: eu quero fazer uma horta com jardim, ou um jardim com horta, onde eu possa tirar o que eu consumo, sem agrotóxico, mas produzido de forma natural.

Em seu quintal, situado no bairro do calhau, Lyndon Jonhson tem já uma boa quantidade de árvores frutíferas, como cajas, acerolas, cajus e maracujas, assim como um boa quantidade de plantas ornamentais cultivadas em jarros.

O que falta é uma oorganização das plantas, um trato cultural e adubo, avalia Manoel Campanhã. Mas o projeto foi encomendado e em breve Lindon Jonhsom contará com uma horta criativa, cultivada ecologicamente e com desenho permacultural, com canteiros em forma de estrelas, plantas aromáticas e condimentares, com flores multicoloridas.

Na casa de Lyndon Jonhson há ninhos de pequenos pássaros, os sabíás e outras espécies visitam os seus ninhos, alimentams-se das frutas, as corujas vigiam as catitas, em uma ambiência ecológica. Mas o jardim de Lindon Jonhson terá flores suspensas, canteiros verticais e flores. Muitas flores.







sábado, 30 de junho de 2012

Valber Lúcio, o arejado guerrilheiro das redes, visita o Panakuí

Valber Lucio, artista com muitas facetas criativas, visitou o Sítio Panakuí. Acompanhado de sua companheira, Alyne Matos, Valber conheceu in loco a experiência ecológica que estimula a implantação da Felicidade Interna Bruta (FIB), no Maranhão.
Amigo de outras batalhas, artista forjado nos palcos das ruas, com passagens pelo teatro popular, educação popular, comunicação alternativa e redes sociais, Valber fez a viagem até o Panakuí em um silêncio cúmplice.
Ele iria conhecer algo que nunca viu, um local onde nunca colocou os pés, mas que, de alguma forma, ja vazia parte desde a origem. Algumas alianças existem mesmo antes da assinatura do contrato. "Eu jfui convidado, outras vezes, mas a visita ainda não havia sido possível", comenta, com voz pousada.
Nas batalhas anteriores, afinamos nas ações e nas idéias. Depois, por vários anos, estivemos separados. Cada um seguiu o seu rio. Mas os rios seguem seus leitos e  se encontram nas desembocaduras. E este parece ser o caso dos rios que nos carregaram. Agora o Sítio Panakuí é a foz dos nossos rios. O barco está no porto, o motor está ligado e abastecido. Vai começar a nova viagem em busca da utopia, do ecológico profundo, da casa ecológico, da sustentabilidade. E o barco ainda tem vaga. Seja bem-vindo à fortaleza da utopia ecológica, Valber Lúcio. E a aventura está apenas começando ...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Vem aí o livro Ecologia e Criatividade

Acabo de concluir um novo livro: Ecologia e Criatividade, que será lançado na Conferência da SBPC, que acontece em julho, em São Luís.
É um livro com poesias, como esta:


                                                GRÃO




Coleto sementes, faço mudas.


Algumas nascem, muitas morrem..



Planto as sobreviventes do quintal

Muitos as arrancam



Não importa



Coleto sementes, faço mudas, planto árvores.

Superável é o limite do impossível.

 
Tem fotos, artes gráficas e 12 textos sobre o processo criativo que desenvolvi - e que repasso - , aos visitantes do Sítio Panakuí.
O livro avança no paradigma alternativo, onde mostro que o Patrimônio Tradicional é o segredo para a exploração sustentável dos nossos recursos naturais, portanto, para o desenvolvimento da Felicidade Interna Bruta (FIB). Aguardem!

domingo, 24 de junho de 2012

Trabalhadores da limpeza poderão aderir à campanha Resíduo Orgânico Zero




O Sítio ecológico e os trabalhadores da limpeza pública
As famílias, homens e mulheres, que trabalham na limpeza pública de São Luís, em breve poderão contar com a metodologia do sítio ecológico intuitivo para melhorar as suas vidas.
No sábado, um atento grupo de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (SEEAC) participaram da vivência ecológica no Sítio Panakuí. Os visitantes, 14 pessoas, conheceram as instalações do sítio, visitaram as diversas estações do local, ouviram atentamente tudo o que foi dito e mostrado.
Na apresentação do projeto, os dirigentes demonstraram domínio do conhecimento tradicional. São homens e mulheres decendentes de negros, índios e caboclos, nascidos no Maranhão profundo, com experiência na agricultura. Na caminhada na trilha da floresta, identificaram plantas, remédios e espécies raras.
Os trabalhadores da limpeza pública, tratados de forma indigna, forçados a uma rotina exaustiva de trabalho, recolhem o lixo da cidade e são consumidos pelas péssimas condições de trabalho. Muitos apresentam doenças, ferimentos e enfermidades originadas na árdua missão de recolher o que excede das residências, dos espaços públicos e privadas da cidade de São Luís.
São varredores (as), carregadores (as). A maioria é conhecida como Gari. Ou seja, estão no degrau mais baixo da escala trabalhista.
A grande novidade é que a legislação nova, representada pela Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, trata essa categoria como agentes de saúde pública. Foi o que ouviram de mim, na vivência. Vocês tem uma a missão: transformar a cidade de São Luís na capital da limpeza pública, onde os seus trabalhadores (as) não irão mais lidar com, pois lixo não existe, o que há é resíduo sólido e orgânico, que precisa ser resciclado, reaproveitado e reutilizado.
A conversa prossegue. Eles conheceram os detalhes da campanha São Luís Resíduo Orgânico Zero e deverão integrar-se, elevando assim o debate da limpeza da cidade, distribuindo os seus benefícios por todas as regiões.. Em São Luís o desperdício apenas com o resíduo orgânico é estimado, por baixo, em um milhão de reais/dia. Reaproveitar essa matéria prima pode transformar São Luís em um cidade verde, com hortas e pomares. É o que nós queremos, no seu aniversario de 400 anos..

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sindicato de Asseio e Conservação visita o Panakuí

Neste sábado, 23.06, quem visita o Sítio Panakuí é a direção do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Asseio e Conservação. É o sindicato que representa os homens e mulheres que fazem a limpeza da cidade de São Luís, conhecidos também com Garis.
Os garis, em São Luís, formam a categoria que mais trabalha pelo bem-esta da sua população. Eles trabalham com as sobras, os resíduos sólidos e orgânicos, em uma condição com elevado índice de desumanidade. Basta observar a rotina dos homens que recolhem o lixo nas ruas. Eles passam o dia pendurados nos nojentos carros de lixo, que exalam odor insuportável pelas ruas da cidade. Mas os homens passam o dia recolhendo o lixo, correndo atrás da fedentina.
Precisamos da grande mudança. Precisamos de uma cidade limpa, onde a coleta seja feita de forma seletiva, que busca o reaproveitamento dos resíduos, o aproveitamento do material sólidos (garrapas e embalagens em geral) e do resíduo orgânico, que forma o volume principal. Em São luís, estima-se que diariamente são jogados nas ruas, pelas residências, 500 toneladas de resíduo orgânico, ou cerca de 1 milhão de reais, por dia. Prejuízo para a população, já que o resíduo orgânico é, na maioria, sobra de comida, comprada com o recurso do salário. São 15 milhões de tonelada/mês, ou 30 milhões de reais/mês. Este montante de recurso pode ser economizado, transformado em adubo, horta doméstica, verduras e legumes, em uma cidade mais bela e mais limpa, em saúde para a população e para a cidade.
A diretoria do Sindicato de Asseio e Conservação irá ao Sítio Panakuí para conhecer, in loco, a campanha São Luís Resíduo Orgãnico Zero. Depois da visita, poderá ser firmada uma aliança estratégica entre o Sindicato e o Panakuí, envolvendo a formação de multiplicadores para a campanha São Luís resíduo orgânicon zero.
Quando o Brasil realiza a Conferência Rio + 20, o Sindicato de Asseio e Conservação visita o Panakuí para conhecer a tecnologia que pode mudar a cidade, assim como a vida d(a)s trabalhadores da limpeza.
Em tempo: quem trabalha com limpeza não deve ser considerado como lixeiro, mas como um agente de saúde pública.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Carta do artista Joacy Jamys quando jovem

"Nesta ilha, março de 1999.

E aí, rapaz?
Apresento-me: Joacy Jamys, cartunista, quadrinhista (aquele que desenha quadrinhos), vocal da banda punk ESTRAGO, ativista anarquista-punk, poeta e etc... inquieto, é a verdade. Acho que você já leu algum trabalho meu ou pelo menos, ter visto alguma coisa dos punks pela city. Também sou diagramador do sindicato dos urbanitários (às vezes diagramava o PINGA FOGO).
Sou leitor do FOLHA DE GAIA há tempos e sempre interessei-me em participar com qualquer material. Já que soube que você, Matias, possui uma certa ligação anarquista e isto é bom. É o que disseram-me. Na verdade, não conheço anarquistas aqui em São Luís afora os punks e alguns universitários de embalo.
Não considero anarquistas universitários em sua maioria.
São academicistas.
São muito bonitinhos.
Pena, perdi o debate com o Roberto Freire. Li a entrevista no GAIA.
É o seguinte: gostaria de manter um contato pessoalmente contigo, para conhecer melhor o pessoal de São Luís, pois eu sou editor também. Trabalho com imprensa alternativa há seis anos, publicando duas revistas de quadrinhos, LEGENDA e SINGULARPLURAL ( que virará revista de mercado futuramente) e as de música SOCIEDADE DOS MUTILADOS (sairá o número 03 agora) e GRITO PUNK ZINE? (anarquia). Tenho muito contato com todo tipo de gente no país e no exterior, onde publico há um ano na Europa no circuito under. Desde poetas, grupos anarquistas ou não, artistas gráficos, escritores, trovadores, leitores comuns, bandas, rádios piratas, jornais, fanzines... além de ter uma extensa b iblioteca de publicações undergrounds...
Sou um dos fundadores do grupo anarquista MAP/MA (Mov. Anarco-punk do Maranhão), onde  reúne alguns punks do extinto MPS e ligado aos vários MAP's da nossa federação. Somos um grupo pequeno, mas conhecidos e mesmo um tanto parados, estamos organizando ações diretas, principalmente para o 1. de maio - que somos extremamente contra a comemoração. Sempre nos reunimos às sextas-feiras, a partir das 19h na Praça Deodoro (ao lado da entrada do SESC, defronte ao Rosa Castro).
O meu interesse com o folha é a publicação de material anárquico ou mesmo, divulgação de nosso ideal, que é o de conscientização e busca da verdade. Já que não adotamos partidarismos, as pessoas mesmo que se dizem "anarquistas", vão ter surpresas com os punks, queimados pela imagem de marginais que o Sistema sempre prega - na verdade, os poetas urbanos que lutam por uma vida melhor, pela igualdade e pela vida.
Também posso participar com alguns cartuns.
Vou terminar. Acha que escrevi muito?
Abraço, Joacy Jamys "

Não, querido amigo. Escreva sempre.
(Carta que guardava nos arquivos emocionais, agora compartilhada com as demais amizades do querido Joacy James)
 Esteja em paz, poeta urbano e lutador da igualdade e pela vida.

terça-feira, 19 de junho de 2012





A quem interessar




um dia

em folhas soltas

fiz poemas

as folhas

livres

tomaram (des)

tino

Ignorado

Perdi-me dos poemas

quase ponho a casa abaixo

(re) virei tudo e nada

não os encontrei

são poemas in natura, como água.

têm a forma das pedras raras,

precisam de lapidação, de cuidados



perdidos estão, rasurados,

maltrapilhos e sem nomes,

parecem tortos na vida,

(re)bentos (des) garrados.



temo pela (san)idade dos puros.

poemas livres são (peri)gosos;

podem reduzir donzelas,

(des)fazer lares, incendiar vidas.



desde que os perdi

(vi) rei garimpeiro de poemas

busco nas frestas, nas trilhas ermas,

nas nesgas, nas falas, nos olhares esquecidos,

rastros de poemas.

quem encontrar os ditos

use-os (com)

forme o escrito



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Projeto Maranhão + 20 - Surgem as primeiras adesões. Tem sido boa a receptividade à proposta Maranhão + 20. Agentes diversos sinalizam para a união de esforços na defesa da vida com qualidade, no Maranhão. Destaco a conversa que tivemos com o professor Cidinho Marques, na manhã desta sexta-feira. Cidinho Marques é filho de uma localidade chamada Barro Branco, no interior de Buriti de Inácia Vaz. No início do ano, ao apresentar a proposta do Sítio Ecológico, conheci um pouco da localidade, pelo olhar e a emoção do seu filho, hoje um ´professor respeitado e um empresário da área da educação. convidei-o para implantarmos a proposta do sítio ecológico, mas não agendamos nada. Hoje, em um encontro casual, conseguimos avançar na proposta. Abaixo uma parte da mensagem que acabo de receber do professor Cidinho Marques: "Todo mundo fala muito sobre aquecimento global, terra devastada, trágico futuro ecológico da humanidade, mas ninguém, ou poucos fazem algo de concreto realmente. E o resultado está aí: Já retiramos mais de 1/3 do que a terra pode nos dar. Hoje já se fala de " Genocídio" (assassinato da terra). A solução parece estar mesmo é em cada um de nós, pois o cuidado com o planeta começa quando começamos a cuidar de nós mesmos. Se não podemos salvar o planeta, façamos, pelo menos o que cada um pode fazer pelo seu entorno. E isto começa com nosso corpo, nossa mente, nossa alma. Mas também começa com nossa casa, nossa cidade. Nossos pais nos deixaram um pedaço de planeta ainda preservado em muitos aspectos: O querido Barro Branco! Estamos reformando a casa, a cerca, etc. Mas o que temos feito pela natureza que cerca o BB? Talvez nada de significativo! Se queremos um BB com futuro (até pensando nas gerações que vierem) precisamos, definitivamente, iniciar uma nova cultura de habitação naquele pequeno torrão. Recentemente tive a oportunidade de visitar (com os alunos da nossa escola) um exemplo de sitio ecológico aqui na ilha. O Sítio Panakuí, de Moisés Matias. Já fui lá duas vezes e fiquei simplesmente encantado. Seu criador, um idealista do respeito à natureza, Moisés, se ofereceu para nos ajudar (se for do nosso interesse) a criar uma nova cultura de habitação ( e uso) do BB. Ele tem um projeto de oficina para moradores e gostaria de nos ajudar a recriar um novo BB a partir do uso ecologicamente correto de suas terras, águas e vida natural. Com a aproximação do mês de julho e a antológica visita do Bindito, creio eu ser um bom momento para o Moisés ir visitar o BB e bater um papo conosco (e moradores mais chegados) no sentido de fazermos um plano para iniciar algo em direção à causa defendida neste e-mail." Cindinho Marques.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Participe do projeto Maranhão um Sítio Ecológico Às vésperas da Rio + 20, a conferência global que se propõe a mudar a história da humanidade, apontando para o modelo da sustentabilidade, no Maranhão nós convocamos a sociedade civil, as organizações públicas e privadas, para a marcha da grande mudança, no Maranhão. Participe do projeto Maranhão Sítio Ecológico. Visite o Sítio Panakuí. Associe-se ao projeto que ativa a Felicidade Interna Bruta (FIB). Estamos, assim, fazendo não apenas uma Maranhão + 20, mas deslanchando um processo de implantação de iniciativas ecológicas em todos os rincões deste Maranhão rico e generoso. Vamos mudar a história deste estado. Faça a sua parte e mude a sua vida, a vida da sua família, a história do Maranhão. Faça parte do movimento Maranhão Sítio Ecológico. Apresentação do projeto. O projeto Maranhão Sítio Ecológico surgiu da proposta de que é possível uma convivência em harmonia com a natureza. Implantado como um projeto piloto no Sítio Pakanuí (panã= cesto, kui= pequeno), pequena propriedade com área de 03 hectares localizada na região leste da Ilha de São Luís, que integra o homem à natureza de forma sustentável. A viabilização do projeto não está restrita à articulação com órgãos da administração pública, não havendo qualquer dependência econômica ou vínculo político, posto que para funcionar, após a capacitação, necessitará apenas da força da comunidade. É, portanto, um projeto auto-sustentável. Maranhão Sítio Ecológico propõe a articulação em rede de pequenas e médias áreas demonstrativas de uma nova maneira de viver e produzir na terra, sem usar agrotóxicos, aditivos não orgânicos, mas adotando-se a agroecologia de forma integrada e profunda. Isso porque o sítio ecológico não se constitui em um modelo pronto para ser aplicado, mas sim em um sistema que integra 10 (dez) dimensões existentes ou possíveis de serem desenvolvidas em qualquer ecossistema, conforme exposto no Livro Sítio Ecológico, um guia para salvar o planeta, de autoria do ambientalista Moisés Matias, quais sejam: a) Pessoas; b) Estudos/Diagnósticos; c) Agroecologia; d) Biomoradia; e) Reciclagem/Reuso; f) Água; g) Usina Solar; h) Consumo Ecológico; i) Saúde Ecológica; e j) Marketing Ecológico. Dessas dimensões, umas estarão mais disponíveis e acessíveis que outras, mas todas poderão ser perfeitamente alcançadas em qualquer bioma existente no Brasil e, neste caso específico, em qualquer município do Maranhão. O Projeto Panakuí já desperta atenção da sociedade maranhense. Na última edição do Prêmio BNB de Jornalismo, a jornalista Rayssa de Sousa Alves sagrou-se vencedora com a matéria sobre o Sítio Ecológico. Essa é uma prova de que o projeto Maranhão Sítio Ecológico se apresenta como uma alternativa para muitos problemas existentes no estado, podendo contribuir para o desenvolvimento social e econômico e para a preservação da fauna e flora locais, ao passo que atua no despertar da consciência ecológica

sábado, 9 de junho de 2012

Josemar Lima é um personagem destacado da história recente do Maranhão. Um ator que nas últimas décadas tem contribuido para a construção do Maranhão solidário. Reencontrei Josemar Lima em sua casa, na Alameda dos Sonhos, onde vive há mais de 30 anos. Dono de um sítio ecológico há mais de 30 anos, ex-presidente do Incra, secretário municipal de agricultura e representante do IICA/MA, Josemar carrega a utopia do Maranhão solidário e ecológico na biografia. Atualmente o que nos une e o Sítio ecológico. Em nosso reencontro, apresentei a pesquisa, o livro Sítio ecológico - um guia para salvar a terra, convidei-o para ajudar na propagação do estudo. Mas não havia necessidade do convite. Josemar respira o projeto alternativo, mesmo sem participar de organizações políticas formais. Em sua opinião, a proposta do sítio ecológico é uma síntese do que de melhor se fez, nos últimos anos, em termos de projeto alternativo, no Maranhão. Saí da sua casa, na alameda dos sonhos, com as baterias recarregadas. Atualmente Josemar Lima é consultor do IICA e coordena projetos importantes da organização, em outros estados da federação. "Nós vamos apresentar a pesquisa do Sítio ecológico à direção do IICA, em Brasília", assevera Josemar Lima. Boa viagem, Josemar Lima, morador da Alameda dos sonhos do Maranhão solidário e ecológico

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jornalista pioneiro em defesa da ecologia

Jornalista pioneiro em defesa da ecologia diz que Estado enfrenta problemas graves na área Por Waldemar Terr (Entrevista publicada no dia 03.06, no Jornal Pequeno. Apesar da proximidade da Rio + 20 e devido à aprovação do Código Florestal, o jornalista Moisés Matias, pioneiro no jornalismo ecológico e na defesa do meio ambiente no Estado, não se mostra muito confiante, por conta de que “aqui não se faz saneamento, não se trata o lixo, não se preserva as margens dos rios”. Matias toca um sítio ecológico em São Luís, mas diz que eles existem aos milhares no Maranhão, ainda invisíveis, e que é a grande mina, mas mesmo assim o poder público não dá apoio e nem procura preservar os rios do Estado, a exemplo do Itapecuru, que abastece metade da população da capital. “Até busquei o apoio das instituições, mas infelizmente tive que executar o estudo com recursos limitados, enfrentando as dificuldades que uma tarefa deste porte implica. O Maranhão vive uma realidade política de anacronismo e barbárie, onde não há espaço para a inovação e o desenvolvimento da criatividade. Com o mundo em crise, no Maranhão ainda se respira a cópia do modelo em crise como novidade”, avalia. Ele não aposta muitas fichas no novo Código Florestal, “por ser uma lei ruim, mas pior que a lei é a falta de políticas públicas para o setor, no Maranhão”. A seguir a entrevista, na qual o jornalista fala desses e de outros assuntos ecológicos, em especial do laboratório ecológico, “o Sítio Panakuí, um projeto que permite ativar a Felicidade Interna Bruta (FIB), e que, uma vez aplicado como política pública, transforma o Maranhão em uma potência social e ecológica para o Brasil e o mundo”; do kit sanitário que inventou para reaproveitar o lixo orgânico caseiro. Segue a primeira pergunta. A entrevista completa pode ser lida no site www.folhadoamanha.net Texto Jornal Pequeno – Primeiro, faça um pequeno perfil seu como ecologista e pioneiro no jornalismo ecológico. Moisés Matias – Nasci no Acre, na fronteira com o Peru, no coração preservado da Amazônia. Ainda na adolescência, convivi com Chico Mendes e com Marina. Chego ao Maranhão em 1986 e em 1989 eu, Paulo Melo Souza e outras pessoas, editamos o jornal ecológico Folha de Gaia, um pioneiro no tema no Brasil. Desde então venho participando de pesquisas, estudos e eventos, o que inclui a participação da ECO-92. Passei vários anos estudando o Maranhão, viajando e publicando denúncias e outros textos sobre o tema. A grande indagação que eu carregava, e ainda carrego, é o fato de o Maranhão apresentar uma fabulosa riqueza ambiental, seu povo carregar uma cultura tradicional de grande valor, algo que é considerado como “valor inestimável”, e o estado apresentar os mais baixos indicadores sociais do Brasil. Assim, em 2003 nós começamos a construir um laboratório ecológico, em um pequeno espaço de terra, em São Luís, com o objetivo de provar que o Maranhão é rico e que a riqueza poderia ser acessada e distribuída através da ecologia. E assim surgiu o Sítio Panakuí, um projeto que permite ativar a Felicidade Interna Bruta (FIB), e que, uma vez aplicado como política pública transforma o Maranhão em uma potência social e ecológica para o Brasil e o mundo.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Crianças do COC mergulham no Panakuí

O sítio panakuí foi invadido. Criaturinhas animadas e cheias de vida encheram as instalações do espaço ecológico, com suas alegrias, com perguntas precisas e olhares inquiridores. Nada possou despercebido. As inquietações espontâneas, a diposição para tocar, sentir, cheirar e imaginar se espalharam como tinta azul na água limpa. O Sítio Panakui não será o mesmo,após sofrer os efeitos da benéfica onda infantil irradiada pelas crianças do Colégio COC. A visita começou às 9:00 hs, estendendo-se até as 11:00 horas. Neste curto tempo as criaturinhas avançaram na ecologia, exploraram as instalações, inauguraram o banheiro ecológico, prepraram e alimentaram as aves caipiras com o alimento saudável, produzido na frente do grupo. Depois, todos queriam pisar no bairro, na preparação do tijolo ecológico, o adobe. Quem não pisou a massa de barro fez questão de colocar o mão na massa,fabricando os primeiros tijolos ecológicos de suas vidas. A aventura prosseguiu na trilha da mata, no abraço à lagoa, no abraço ao pé de Buriti. E tudo virava estória, aventura, vitória e conquista. Alguns procuravam cobras e jacarés, outros fugiam das formigas e lagartas, mas nenhuma criatura demonstrou medo, indisposição ou timidez na lida com a natureza. O guia da aventura, preocupado com a responsabilidade de receber uma delegação tão importante e tão esperta no espaço - a primeira vez que recebemos crianças no sítio -, esmerava-se para dizer a palavra certa, fazer o ato correto. Sei que as experiências infantis são únicas e valem para a vida inteira. ao final, esfogueadas pela aventura, elas mostravam as marcas das formigas e dos pequenos insetos, as roupas sujas de barro e os rostos vermelhos e suados. Missão cumprida: Os desbravadores embarcam na viagem de volta e deixam uma discreta luz azulada na estrada. Acho que a imaginação extrapolou a realidade e eles viram e sentiram, certamente, muito mais do que eu. Obrigado ao Colégio COC pela ousadia.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Crianças do COC desbravam o Panakuí

O olhar perspicaz da criança. Seu jeito de sentir, de tocar, de falar. A emoção liberada no sorriso espontâneo. Assim foi a visita das crianças do Sistema COC de ensino ao Sítio Panakuí, realizada na manhã da terça-feira,28.05. Por três horas as 56 criaças correram, tocaram as plantas, fotografaram e sentiram a paisagem do sítio. Com perguntas precisas, elas circularam pelas dimensões do sítio e vi
ram a casa ecológica, as plantas com suas flores e frutos. Alguns queriam ver as cobras, outras perguntaram sobre os macacos e outros bichos. Foi a primeira visita de crianças ao Sítio Panakuí. O COC desbrava o campo do Sítio Ecológico Intuitivo, em São Luís. Seguindo o método da experimentação, as crianças pisaram o barro para fazer o adobe, pegaram no barro usando a fôrma artesanal e deixaram as marcas das mãos no adobe ainda mole. Com os animais eles ajudaram a preparar a ração ecológica para as aves, seguindo para o galinheiro, onde alimentaram as galinhas e os patos caipiras. Mas a melhor experiência foi a caminhada pela trilha da floresta e o abraço à lagoa natural. A viagem prossegue na quinta-feira e na sexta-feira, com outras duas turmas de exploradores da sustentabilidade ecológica.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

COC VAI AO SÍTIO PANAKUÍ

A Colégio COC, importante centro de ensino particular de São Luís, iniciou nesta segunda-feira, 28.05, uma importante parceria com o Sítio Panakuí. Uma palestra sobre Sítio ecológico e a sustentabilidade iniciou as atividades da Semana de Meio Ambiente. Durante a semana, três turmas do infantil visitarão as instalações do Sítio Panakuí, situado na zona rural da cidade, onde participarão de atividades sustentáveis, ajudarão a fazer tijolos de barro, visitarão o galinheiro ecológico e farão caminhadas pelas trilhas, o que inclui um passeio pelo ambiente do mangue. As crianças, na faixa de 09 a 13 anos, filhos de classe média, conhecerão in loco as praticas sustentáveis, como o reparoveitamento de resíduo doméstico, a produção de ração ecológica para aves e, simbolicamente, partiparão da inauguração do banheiro ecológico, que permite a reutilização dos dejetos humanos na forma de composto. O estabelecimento de ensino COC, que faz parte de uma rede nacional e no Maranhão é administrada pela família do empresário Cidinho Marques, com a atividades no Sítio panakuí, oferece à comunidade infantil uma experiência educacional com amplo significado, uma vez que a vivência será orientada para o exercício prático da sustentabilidade. Assim as crianças, após o passeio, poderão dizer em suas casas. "Eu vi fazer, eu ajudei a fazer e agora eu posso fazer na minha casa as ações sustentáveis que ajudam a preservar a natureza".

domingo, 20 de maio de 2012

Sítio ecológico, o seu negócio social e alternativo

Sítio ecológico, o seu negócio alternativo Há três anos mantenho o espaço Sítio Panakuí como laboratório de ecologia. No período recebi mais de 1.000 pessoas, para vivências de um dia, onde repasso uma técnica de ativação da inteligência ecologica emocional. Passaram pelas oficinas membros de igrejas, professores universitários, estudantes dos diversos níveis, trabalhadores e trabalhadaras rurais, jovens e crianças. Para todos eu repasso a informação que o Sítio ecológico precisa existir no coração, para depois se manifestar na vida, na varanda, no quintal da casa, no espaço maior. Este é o debate que realmente interessa ao mundo. A ecologia profunda. Precisamos abrir mão de certas facilidades modernas e voltar a valorizar o nosso mundo profundo, resgatar a gentileza, o cuidado com as pessoas e com as demais criaturas. Na comida, precisamos voltar a comer coisa boa, o que Deus deixou na terra. É preciso valorizar aquilo que colhemos com as mãos, ou os produtos que sabemos onde foram produzidos e por quem. Isto significa abrir mão de refrigerantes e preferir os sucos naturais. Preferir a tainha e os demais peixes do mar, que o tambaqui de cativeiro; ou a ave caipira em vez do frango de 40 dias, inflado com alimentação de baixa qualidade, hormônios e antibióticos. O projeto do sítio começou bem antes. Em 2004 sofri uma grave crise de estresse. Andei cabisbaixo, sentindo dores no corpo e na alma. Tudo parecia sem sentido. Estava com problemas de fígado, colesterol elevado, rins preguiçoso e outros males. Estava triste e cansado. Queria encontrar e fazer algo que realmente valesse a pena. Comecei a procurar a cura, comecei a caminhar. Comecei a plantar na varanda. Comecei a brigar menos. Aos poucos fui saindo do jornalismo de guerrilha. Saí da mídia. Sumi para o mundo e fui atrás de mim, da minha essência. Algum tempo depois estava com um sítio ecológico, escrevendo sobre o tema. Com a experiência bem desenhada, escrevi o livro Sítio ecológico, um guia para salvar a terra, na 2a ed. Apresentei o livro em escolas, igrejas, associações e municípios. Levei o livro para o Pará, o Acre, Porto Velho e Rio Branco. Continuei recebendo pessoas e, de tanto falar e pensar sobre o assunto, formulei o método de ativação da Felicidade Interna Bruta (FIB), tendo por base o conhecimento tradicional das gentes do norte e nordeste. No método do sítio ecológico o Maranhão não é pobre. É muito rico. Apesar de ser socialmente injusto. Mas a injustiça pode ser corrigida com a implantação do método do sítio ecológico, uma tecnologia que ativa a Riqueza abundante existente nesta terra, em outras paragens deste nosso Brasil. Pelo método do sítio ecológico intuiitivo uma família que vive na zona rural de Viana, ou Grajaú, com saúde, com uma pequena área de terra, e o desejo de continuar vivendo naquele local, pode ativar a sua Felicidade Interna Bruta (FIB), em um curto espaço de tempo. Até em um ano. Parece estoria de maluco. Talvez eu o seja. Mas acontece que vivi tudo o que falo e consigo provar o que digo. Vejamos: passei a comer coisa boa, a minha saúde, a saúde da minha família melhorou. Lidando com a terra, pisando na terra, respirando e liberando tempo livre, curei-me do estresse. Agora não ando tendo crises pelos cantos. O melhor: consigo mostrar o caminho da cura do estresse para as pessoas que assim o desejarem. Agora, quero mostrar para um grupo maior de pessoas o benefício do sítio ecológico. Estamos formatando o desenho do negócio ecológico, do negócio social, do sítio ecológico. Estamos transformando o Sítio Panakuí no Centro de Referência em Inteligência Alternativa (CRIA - Panakuí), ao tempo que instituímos os Núcleos de Inteligência Alternativa (NINHAS), em municípios, sítios e em outros locais. O negócio do Sítio Panakuí funcionará como franquia. As pessoas interessadas receberão a tecnologia que nós desenvolvemos, ao longo de dez anos de estudos e pesquisas aplicadas, e poderão aplicar em seus locais de trabalho e de vida, até repassar para seus aliados e parceiros. E ganhar dinheiro no negócio social e ecológico. Melhora vida da família, colabora com a natureza. Para a propagação do Negócio ecológico nós usaremos este espaço, o blog www.sitiodomoisesmatias.blogspot.com, o site www.folhadoamanha.net , as demais ferramentas de propagação de conteúdo e o contato pessoal, através das vivências e oficinas que realizamos no sítio panakuí e em outros locais. Faça o seu negócio social. Entre em contato conosco e faça o seu sítio ecológico, na sua casa, na terrinha da família. Saia do debate do Maranhão, o pior PIB do Brasil, e entre no time dos que acreditam que o Maranhão é terra boa para se viver com Felicidade Interna Bruta. Participe desta Revolução Ecológica que começa na sua casa. Venha, junte-se a nós e seja dono (a) do seu negócio ecológico e social. (Foto de estudante do Instituto Atenas, na visita ao Sítio Panakuí)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sítio ecológico na Fé em Deus

O bairro da Fé em Deus, em São Luís, possui o Movimento Popular de Integração Comunitária. Na noite de Quarta-feira, 16-05, apresentamos ao MPIC o projeto Sítio Ecológico. Estamos propagando o modelo do Sítio para as diversas localidades. A Fé em Deus é a primeira incursão em um bairro popular, na cidade de São Luís. Na localidade, várias casas possuem quintais, e o sítio ecológico poderá se prepagar no seu formato pequeno, com horta verticais, canteiros diminutos e aproveitando os espaços alternativas. No próximo dia 10.06 as lideranças do MPIC visitarão o Sítio Panakuí, onde participarão da vivência sítio ecológico intuitiva. Após a visita, será marcado um mutirão para a construção do primeiro quintal sítio ecológico, na Fé em Deus. O evento teve como articulador o ativista Joberval Bertoldo, liderança que foi dirigente estudantil, um dos organizadores do movimento que sacudiu o Maranhão e o Brasil, na segunda metade do século XX, a Revolta da Meia Passagem, no ano de 1979. Joberval ex-vereador, nasceu e cresc
eu no bairro Fé em Deus, e lá continua sua militância por um mundo ecológico e solidário.

sábado, 12 de maio de 2012

Meu pé de banana grande

Anos atrás, em visita à terrinha Rio Branco/Ac, fui dar uma volta no Mercado do Bosque, onde se pode encontrar uns quitudes legais que levantam a energia daquel@s que alongam as noitadas. Logo na entrada fui laçado por um suave aroma de mingal de banana grande. Aquele odor sauve, conhecido na infância, estava ausente das minhas narinas desde que saí de Rio Branco, em 1986. Nas minhas andanças não encontrei a Banana Grande, assim o sabor, e o odor sauve que invadia as minhas narinhas, traziam coisas, sons e cores de um mundo miraculoso da infãncia. Desci do carro e saí carregado,procurando de onde exalava o aroma do Mingal de Banana Grande. Então tomei um, dois e me empanturei de mingal. Deu vontade de levar para casa, pedir para embalar para viagem. Mas o mingal de banana grande não comporta essas inovações. Precisa ser feito e consumido quente, fumegante, com uma cobertura de pó de canela. As colheradas cheias, levadas à boca, aquela mistura amarelada, ainda quente, desce assim mesmo, esquentando goela abaixo até chegar ao estômago. Gostei tanto da experiêrncia que ao chegar em São Luís/Ma, procurei os criadores e consegui umas mudas de Banana Grande. No Sítio Panakuí tenho agora vários pés. Mas levei uma muda e plantei na casa da cidade, no canto do muro, ao lado do portão. A planta tem sido o meu xodó. Plantei, cuidei, adubei e, recentente, assisti o nascimento do primerio cacho do meu pé de banana grande. Não vejo a hora de colher as primeiras bananas e preparar o delicioso Mingal de banana grande. Até já tenho a receita, repassada por telefone por minha irmã querida Erotildes: Receita do Mingal de Banana grande. Pegue algumas bananas grandes maduras, ou ainda amadurecendo. Corte em pedaços, com casca,faça um corte longitudinal na casca, para que abra bem, e leve ao fogo. Cozinhe com um pouco de sal, para quebrar um pouco do doce da banana. Coloque uma colher de MANTEIGA, (nada de margarina, por favor). Quando as bananas estiverem moles, bem cozidas, tire do fogo, retire as cascas, bata no liquidificador com leite. Pode até colocar um pouco da água do cozimento. Pronto. Pode servir com um pouco de canela. A receita comportar algumas novidades, como um pouco de coco ralado, a mistura com farinha de tapioca em flocos. Mas o melhor, o imbatível, é o da receita tradional. Quando eu fizer o primeiro mingal do meu pé de banana grande eu vou fazer um vídeo e postar aqui. Aguardem!

sábado, 5 de maio de 2012

MATÉRIA SOBRE SÍTIO ECOLÓGICO GANHA PRIMEIRO LUGAR NO PRÊMIO BNB DE JORNALISMO



Mãos do desenvolvimento regional

Texto da matéria de Rayssa de Sousa Alves, que ganhou o prêmio BNB de Jornalismo/ 2011, com a matéria sobre o Sítio Ecológico.

O tempo que passa sem pressa no Sítio Ecológico é o motor do desenvolvimento em São Luís, no Estado do Maranhão. As frutas que desabrocham e os animais que crescem são bons exemplos. O equilíbrio entre o homem e a natureza é um dos segre-dos do lugar.
Tudo começou a partir da transformação de uma área de três hectares em modelo de sustentabilidade. A iniciativa é exemplo de que idéias simples podem fazer diferença na forma de tratar a terra.
O sítio ecológico foi idealizado pelo ecolo-gista Moisés Matias e fica na zona rural da capital maranhense. O modelo orgânico pode ser visto em todas as partes: da ali-mentação dos animais ao adubo das plantas.
As galinhas caipiras e patos são alimenta-dos com uma mistura nutritiva que não leva elementos químicos. Na composição são usados sobras de frutas, folhas de macaxei-ra, none e milho. O minhocário e as cinzas de madeira ajudam na produção de adubo para as plantas. E assim, a força da natureza vira impulso para o desenvolvimento regio-nal.
O ecologista também apostou na valoriza-ção dos conhecimentos tradicionais, ou seja, recorrer a sabedoria popular. Foi a partir daí que o Sítio Ecológico virou uma alternativa de geração de renda, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável na zona rural de São Luís. “Uma pesquisa feita no sítio durante cinco anos mostra que a natureza tratada com carinho, sem adubo químico e venenos, produz um resultado cada vez melhor, você cuida bem dela e ela de você”, reitera Moisés Matias.
A idéia se espalhou
Para além do Sítio Ecológico, as idéias vão ganhando forma em outros sítios que tam-bém adotaram o modelo de desenvolvimen-to sustentável. É em outro povoado afastado
da cidade que o produtor Altamiro Ferraz aproveita a fertilidade do solo maranhense. Em 1997, ele montou a Alimentum, empre-sa que fornece verduras, legumes e frutas para supermercados de São Luís. Uma infinidade de produtos saem fresquinhos do sítio como milho, quiabo santa cruz, alface roxo, cupuaçu, hortelã, pimentão, alho poro e rúcula.
O principal desafio desde que Altamiro começou a produzir em larga escala veio quando ele decidiu mudar radicalmente o modelo de produção. Resolveu não usar mais agrotóxicos. Os alimentos orgânicos como são chamados não representam risco a saúde de quem os consome.
Esse modelo de produção adota um ciclo, integrando os componentes da natureza. O esterco do boi não é descartado. Ele vai para uma caixa onde são adicionados água, leite, açúcar, cinzas de madeira, fosfato natural, ácido bórico e sulfato de zinco.
Essa mistura dá origem ao biofertilizan-te.Um líquido barrento vai direto para as redes de irrigação das plantas. Com esse sistema, o produtor economizou dinheiro que seria que usado para a compra de agro-tóxicos.
E o ciclo não para. As folhas do milho são trituradas e depois vão direto alimentar bois e vacas que produzem o esterco. En-tão, um novo ciclo é aberto.
Os agricultores que trabalham no sítio estra-nharam no começo. Mas hoje reconhecem as mudanças. “A natureza está retribuindo melhor do que antes, pois se esse verde não for cuidado, ela não retribui”, afirma seu Orlando Carlos Silva que trabalha como agricultor no sítio.
Preservação e aproveitamento são duas coi-sas que não faltam no sítio. Desde que a mudança foi adotada o trabalho aumentou, mas o rendimento da terra é cada vez melhor. Exatamente a cada dois meses e quatro dias, o milho é colhido. São cinco milheiros espa-lhados pelo sítio. Altamiro afirma que apos-tou na integração da natureza para diminuir as perdas de produção. “Nós percebemos com muita clareza que antes, no sistema convencional, tínhamos problemas seríssi-mos com pragas, perdíamos áreas inteiras porque não conseguíamos controlar as pra-gas que atacavam a plantação, hoje nós temos um sistema bem mais diversificado e temos mais facilidade de controlar as pragas porque utilizamos os produtos orgânicos que reforçam a defesa da planta”, festeja o pro-dutor, satisfeito com a mudança.
“O Maranhão não é pobre, o estado é muito rico, generoso, o Maranhão é injusto social-mente, mas essa realidade pode mudar e o Sítio Ecológico é um instrumento para isso”, conclui o idealizador do Sítio Ecológico.
(Matéria veiculada no boletim UFMA12/2011)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sítio ecológico na Baixada

Um grupo especial visitou o Sítio Panakuí,no sábado, 21.04. E
cologistas e sitiantes da região campos e lagos, da Baixada Maranhense. Agora as sementes do sítio ecológicos estão semeadas em pontos chaves do pantanal maranhense. As sementes florescem. Pessoas que vivem a rotina da terra, agricultor@s, tecnicos e agrônomos passaram o dia bebendo da fonte da sabedoria tradicional. São pessoas que carregam o sítio ecológico no coração e que, com a vivência ecológica, têm o saber reavivado. Os sítios, que já existem nos diferentes municípios da baixada, com a metodologia sítio ecológico, se transformam em espaços de resistência e de afirmação do modelo da sustentabilidade ecológica profunda. A entidade Formação, que coordena o Território da Cidadania Campos e Lagos, organizou a visita técnica ao Sítio Panakuí, no sábado (21.04). Mesmo com a chuva intermitente, o grupo conheceu as instalações do sítio, transitou pelas dimensões ecológicas do local, alimentou-se de produtos orgânicos e não produziu lixo. Em um total de 11 pessoas, vindas dos municípios Matinha, Arari, São Luís e Olinda Nova, elas tiveram um dia ecológico e participaram da vivência Sítio Intuitivo. Participaram da vivência as seguintes pessoas Maria José Lindoso (Agricultora);Dauriza Araujo Cutrim Agricultora);Ubiratan Basto Cutrim - (Agricultor);Zozimo Ferreira Gomes (Agricultora);Ubiratan basto Cutrim, de Matinha; (Agricultor);João de Deus Ribeiro – Secretário de Agricultura de São Bento;Maria da Conceição da Costa Silva – Agricultora);Jerdson Campelo Gomes /Arari (Técnico agrícola);Jean Cláudio Gomes – Presidente COOPERCAMPOS- Olinda Nova do Maranhão;Pádua Suaely da Silva Vasconcelos – Agrônoma/ São Luis;Lozangela Mendes dos Santos Tec. Agroecológica – São Luis; e Cláudio Henrique Lima da Silva, coordenador Geral da ONG Formação. Estamos, então, acertados: Vamos fazer os nossos sítios ecológicos em Matinha, em Olinda Nova, em Arari, criando espaços demonstrativos nestes municípios, expandindo o modelo da Felicidade Interna Bruta (FIB) para os demais municípios da Baixada.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sementes de Sítios Ecológicos para São José de Ribamar

Na manhã de sábado, 21.04, visitou o Sítio Panakuí o Secretário de Meio Ambiente de São José de Ribamar, José Isaac Buarque de Holanda. São José de Ribamar é um dos quatro municípios da Ilha de Upaon Açu, a nome original da Ilha de São Luís. Na expansão desordenada do solo da ilha, Ribamar é, atualmente, quem sofre a maior consequência, com o inchaço urbano, o proliferação das moradias precárias, as invasões. O solo municípal vem sendo ocupado por construções oficiais, como o programa de moradia popular, do Governo Federal, a construção de inúmeros condommínios privados, sem que haja a construção da infra-estrutura de esgoto, urbanização das ruas, entre outras necessidades. Preocupado com o cenário de crescimento e desordem que já se apresenta, José Isaac, que implantou o sistema de meio ambiente municípal, procura alternativas de sustentabilidade e, assim, estuda a proposta do Sítio Ecológico. "Nós estamos analisando as possibilidades para levarmos a proposta integrada do Sítio Ecológico, como política pública, para são José de Ribamar", afirma o secretário Isaac. O Sítio Panakuí fica situado no limite oriental com o município de São Luís. Outro projeto nosso, a Ilha do Amanhã, fica situado no extremo oriental de São José de Ribamar. A rede de sítios ecológicos, no caso, teria em seu território a Ilha do Amanha como laboratório demonstrativo, o que fará de Ribamar a referência da tecnologia sítio ecológico do Maranhão. Os projetos que podem ser instalado em Ribamar, nos próximos meses, a partir da Secretaria de Meio Ambiente, é a Rede de Sítios Ecológicos de São José de Ribamar e a campanha São José de Ribamar Resíduos Orgânicos Zero. Obrigado pela visita, josé Isaac. Com o seu engajamento com certeza avançaremos neste embate pela implantação da Felicidade Interna Bruta (FIB), através da metodologia
Sítio Ecológico.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ecologia e criatividade I : O sentido da vida


O sentido da vida

Desenhos

No céu vi e escrevi
As fantasias de um poeta
que deixei de ser

As nuvens eram
Criaturas
de outro mundo

Dragões soltavam fogo
Enfrentando monstros descomunais
Numa batalha infindável

Na lua
São Jorge
Em seu cavalo alado
Lutava com o dragão

Hoje,
Vejo nuvens
Vai chover


Estrela da manhã
Acender uma luz em você
Acender luz você
Acende em você
Luz
Acende você
Eu vou acender uma luz em você?
Vou acender uma luz em você
Acende uma luz em você
Uma luz
Você
acende



Fotos (?)


A criança e o homem

Havia uma criança com imaginação muito fértil. Nas manhãs de sol, passava um tempo sentado, em silêncio, imaginando como seria o mundo lá onde o sol nascia, ou de onde a lua saia. Sua mãe, mulher sábia, tinha sempre uma resposta pronta. “O sol acaba de acordar e saiu para o passeio”. “A lua é a esposa do sol, mas eles nunca podem se encontrar, pois um é quente e o outro é frio.” Para completar, o arco-íris era a aliança de casamento do sol com a lua e na sua base, lá onde o sol nascia, estava um tesouro, guardado por duendes e outras criaturas mágicas.
Dessas histórias derivavam outras e assim o menino formava um novelo repleto de imagens e criações no mundo de um guri cheio de perguntas.
O tempo passou, veio a escola com seus enredos, os conteúdos de um mundo vasto, e o menino dos grandes olhos aos poucos foi encolhendo, saindo de cena. Acabou, com o lento passar dos dias, esquecido em um canto escuro da memória.

O homem andou por caminhos estreitos e largos, conheceu pessoas de lugares distantes, leu muitos livros e passou, então, a ter respostas prontas para os mistérios.
“Vejo nuvens escuras. Logo chove”, pensava ao olhar o céu.

Tempos depois as perguntas da infância voltaram. O menino retornou na vida adulta inquirindo:
Qual o sentido da vida?
Certamente acordar, comer, reproduzir, trabalhar e dormir não estava saciando a percepção sagaz do menino que há tempos não via o romance do sol com a lua, mas o passar dos dias carregado pela rotina.
Forçado por situações de crise, o homem teve que se voltar para as coisas do sol e da lua. Sabia que o tesouro não estava fácil de achar, mas com algum esforço, passou a desenrolar o novelo das fantasias infantis.
Ele não ouvia a voz do menino, mas sentia um desconforto crescente em sua vida. Algo não estava bem.
Em sua mente, uma voz suave dizia, nos raros momentos de silêncio que se permitia:
“Eu vou acender uma luz em você”.
Ele precisava dar espaço para o agir do menino dos grandes olhos em sua vida. Passou a observar a natureza, a fotografar, a fazer poemas. A voz, insistente, continuava:
acender uma luz em você.
Ele permitiu o crescer de algo verde e belo, um jardim, dentro dele. E se sentiu melhor. Assim, fazendo uma coisa de cada vez, foi deixando o menino dos grandes olhos agir, orientando-o nas opções e nas escolhas.
O homem voltou a ser um pouco menino. Os dois convivem em um espaço só deles, onde conversam e sorriem. Graças ao menino dos grandes olhos, o homem está redescobrindo um novo sentido para a sua vida.

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Ecos da criatividade

Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia (2005) define a criatividade como “ a força criadora do aprender de que fazem parte a comparação, a repetição, a constatação, a dúvida rebelde, a curiosidade não facilmente satisfeita”, (Freire,2005:25), algo que funciona como um antidoto aos efeitos negativos da “educação bancária”, a que congela, deforma e até mata a criança que trazemos dentro de nós.
O criador da Logoterapia, Victor Frankl, viveu criativamente e fez da arte de criar um estilo de vida. “Encontrei sentido em minha vida ajudando outros a descobrirem um sentido em cada circunstância de suas vidas”, assim ele resumia a sua terapia. (Pareja Herrera, 2008, 137).
A criatividade é algo inerente a todo ser humano, mas algumas pessoas precisam vivenciá-la de forma mais intensa, exercitando-a em praticamente todos os momentos da existência.

Em busca do sentido da vida, nestes tempos de aguda crise ambiental, social e
cultural, desenvolvi uma operação com os seguintes ingredientes:

Ambiente saudável + espaço + tranquilidade + autonomia + contemplação da beleza + tempo = novo sentido da vida.

Arte

Passei a carregar a operação no bolso, como um amuleto da sorte. E lentamente fomos implementando a mudança.
Ambiente saudável: Vendemos o apartamento e começamos a montar um sítio ecológico em uma área de 03 hectares, distante 20 km do centro de São Luís/Ma. E para lá nos mudamos, com três crianças pequenas. A operação não trouxe resultados muito confortáveis, tivermos que recuar, voltamos a morar na cidade, mas aí começou o novo sentido. Atualmente comemos frutas colhidas das árvores que plantamos. (Foto do sítio)
Espaço. Nasci no interior do Acre, no coração da Amazônia. Sem perceber, recriei no Maranhão um espaço assemelhado ao local onde nasci, com muito verde, flores e canto de pássaros. Há pernilongos, a estrada não é boa, mas as maravilhas trazem sempre os seus contrapesos.
Tranquilidade – Tive que fazer a transição para uma vida com baixo estresse..
Por um período tive que me afastar da rotina anterior. Abandonei o celular, tornei-me mais contemplativo. Adotei atividades manuais. Comecei a cuidar mais da casa e liberei o jardineiro que dormia.
Autonomia - Em vez da atividade de jornalista-professor-assessor, tornei-me escritor e ecologista. Trabalho muito, tenho escritório em casa. Ganho pouco, mas desbravo o espaço. Atualmente dou palestras e vivências, recebo grupos de pessoas no Sítio. E vendo livros. (Que comprar mais um?).
Contemplação da beleza – Aprendi a observar os pássaros, as flores, as plantas. Tento ouvir a música da natureza, o farfalhar das folhas das árvores. Hoje sei, ao olhar a lua, como estará a maré. Se a lua está cheia, as águas do mar estarão banhando o pequeno porto do sítio panakuí. Ótimo dia para um passeio de barco.... (foto da canoa no porto)
Tempo – Como o tempo é o bem mais precioso que temos, investi para poder usufruí-lo da melhor forma possível. Todos os dias levo as crianças ao colégio, almoço em casa e durmo aquela valorosa ciesta. Tenho tempo para as leituras, cuido do jardim, na pausa do texto, e deixo o dia fluir em seu ritmo natural, sem ter que atropelar o relógio para fazer mais do que é possível.