quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A solução caseira para o lixo doméstico, em Rio Branco

A solução caseira para a crise do lixo, em Rio Branco
Moisés Matias*
O lixo orgânico forma a maior porção do resíduo das cidades. Cerca de 60% do total de resíduo coletado pelas municipalidades é formado por esse material. Em Rio Branco, cidade considerada uma das mais limpas do país e que recentemente inaugurou uma moderna estação de tratamento de resíduo, o problema ainda pode ser enfrentado com uma tecnologia intuitiva. Todo o lixo orgânico pode ser beneficiado e transformado em adubo orgânico dentro das casas.
O resíduo orgânico doméstico é, na verdade, um material caro, comprado nas feiras e mercados, no peso. O quilo desse material custa, na média, R$ 2,00. Por mês, uma família de quatro pessoas joga fora aproximadamente 48 quilos. Ou seja, joga fora algo próximo de R$ 100 reais/mês. Ou R$ 1.200,00 reais, no ano.
Vamos fazer o tratamento completo do lixo dentro de casa, transformando-o em estrumo líquido e sólido e aproveitando aquele pequeno espaço de terra para fazer uma horta. Assim, o que antes era jogado fora, volta para a cozinha na forma de frutas, legumes e verduras orgânicas. Em vez de prejuízo, desperdício, alimento saudável, mais saúde. E ainda se contribui para manter a cidade limpa, o planeta melhor.
É exatamente isso que venho fazendo, na minha casa, há mais de dois anos. Todo o lixo orgânico da residência, cerca de 20 kg por semana, vem sendo totalmente reaproveitado.
No sítio ecológico Panakuí, em São Luís/Ma, aperfeiçoamos a tecnologia intuitiva com a criação do kit orgânico Panakuí, composto de um recipiente que faz o pré-beneficiamento do material da cozinha, a compostagem, o minhocário e a horta doméstica.
Estou em Rio Branco, minha terra, onde apresento a tecnologia Panakuí. Na cidade existe a tradição das hortas, dos pomares nos quintais, nos jardins domésticos. Com o reaproveitamento do resíduo orgânico a casa produz o adubo que precisa. E ainda pode melhorar a produção da horta, dos canteiros da varanda e do pequeno quintal.
Procuro, na cidade, pessoas interessadas em assumir a representação da tecnologia; entidades interessadas na realização da campanha Rio Branco Lixo Orgânico Zero. Também estou apresentando a tecnologia para os órgãos governamentais. O problema ambiental do planeta é, não há duvidas, muito sério. Mas cada um pode fazer um pouco para melhorar a situação. Então, deixe de produzir lixo. Reutilize o lixo que você e sua família produzem. É pouco, é verdade, mas cada um fazendo a sua parte, ajudar-se a cidade a ser um pouco mais saudável.
As casas ficam mais limpas, a cidade fica mais limpa, há mais saúde e alimentos, com a construção de pequenas hortas nas varandas e nos pequenos quintais. Muito simples, não?
E revolucionário. Os interessados podem ter mais informações no site WWW.folhadoamanha.net,
ou através do fone 9234 0223
*Moisés Matias, natural de Tarauacá, reside em São Luís/Ma. É jornalista e ecologista

Moisés Matias

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ecologista lança sitio ecológico em Porto Velho

Projeto "Sítio Ecológico" será lançado em Porto Velho no próximo dia 21

A Prefeitura de Porto Velho em parceria com a Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e Economia Solidária (Ada- Açaí) lança no próximo dia 21, às 18h30 no Auditório do Sebrae, o Projeto Sítio Ecológico. A programação inicial do lançamento do projeto terá dois momentos. No dia 21/01 acontece o seminário de lançamento do Projeto Sítio Ecológico, com início às 18h30 no Auditório do Sebrae, com a participação do ecologista Moises Matias, autor do livro “Sítio Ecológico, Um Guia para Salvar a Terra”, aberto para todos os setores da sociedade. E no dia 22/01, haverá um Dia de Vivência, das 08h às 18h, voltado para o público da área de abrangência do setor chacareiro, região periurbana das zonas leste e norte da cidade de Porto Velho (Núcleo Cinturão Verde).

Matias irá apresentar, durante o seminário, os benefícios dos sítios ecológicos, projeto que iniciou há dez anos. “Após um período de estresse, causado por um ritmo frenético de trabalho, descobri a necessidade de reencontrar a minha essência. Passei a caminhar nas áreas verdes. Procurei desenvolver atividades manuais ligadas à terra, como cuidar de um pequeno jardim e de canteiros de hortaliças. Vi o grande beneficio que isto me trouxe e busquei ampliar e disseminar esta nova cultura, logo escrevi um livro como também comecei a realizar seminários por todo o país”, disse Matias.

De acordo com Matias, o projeto pode ser aplicado em qualquer parte do Brasil, e permite efetivamente salvar a terra, no nível local, aplicando-se o efeito, em cadeia, a partir da formação de redes de sítios ecológicos.

Matias acrescenta que o projeto sítio ecológico visa a troca de experiências entre os participantes, através de trabalhos em grupo e discussão em plenário. “Neste processo, todos os participantes podem contribuir com seus conhecimentos, experiências e emoções, construindo assim uma reflexão aprofundada sobre as práticas e experiências de vida e trabalho. Desta reflexão fluem perspectivas e propostas de mudanças e soluções, que valorizam a proposta ecológica e a tradição do povo da região amazônica”.
Os interessados poderão se inscrever na sede da Semagric, sito à rua Costa e Silva, nº 5315, Bairro Rio Madeira ou pelos telefones 08006475008 ou 39013371 c/ Rejane, sendo encerradas durante a realização do Seminário.