Valber Lucio, artista com muitas facetas criativas, visitou o Sítio Panakuí. Acompanhado de sua companheira, Alyne Matos, Valber conheceu in loco a experiência ecológica que estimula a implantação da Felicidade Interna Bruta (FIB), no Maranhão.
Amigo de outras batalhas, artista forjado nos palcos das ruas, com passagens pelo teatro popular, educação popular, comunicação alternativa e redes sociais, Valber fez a viagem até o Panakuí em um silêncio cúmplice.
Ele iria conhecer algo que nunca viu, um local onde nunca colocou os pés, mas que, de alguma forma, ja vazia parte desde a origem. Algumas alianças existem mesmo antes da assinatura do contrato. "Eu jfui convidado, outras vezes, mas a visita ainda não havia sido possível", comenta, com voz pousada.
Nas batalhas anteriores, afinamos nas ações e nas idéias. Depois, por vários anos, estivemos separados. Cada um seguiu o seu rio. Mas os rios seguem seus leitos e se encontram nas desembocaduras. E este parece ser o caso dos rios que nos carregaram. Agora o Sítio Panakuí é a foz dos nossos rios. O barco está no porto, o motor está ligado e abastecido. Vai começar a nova viagem em busca da utopia, do ecológico profundo, da casa ecológico, da sustentabilidade. E o barco ainda tem vaga. Seja bem-vindo à fortaleza da utopia ecológica, Valber Lúcio. E a aventura está apenas começando ...
sábado, 30 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Vem aí o livro Ecologia e Criatividade
Acabo de concluir um novo livro: Ecologia e Criatividade, que será lançado na Conferência da SBPC, que acontece em julho, em São Luís.
É um livro com poesias, como esta:
GRÃO
Coleto sementes, faço mudas.
Algumas nascem, muitas morrem..
Planto as sobreviventes do quintal
Muitos as arrancam
Não importa
Coleto sementes, faço mudas, planto árvores.
Superável é o limite do impossível.
Tem fotos, artes gráficas e 12 textos sobre o processo criativo que desenvolvi - e que repasso - , aos visitantes do Sítio Panakuí.
O livro avança no paradigma alternativo, onde mostro que o Patrimônio Tradicional é o segredo para a exploração sustentável dos nossos recursos naturais, portanto, para o desenvolvimento da Felicidade Interna Bruta (FIB). Aguardem!
É um livro com poesias, como esta:
GRÃO
Coleto sementes, faço mudas.
Algumas nascem, muitas morrem..
Planto as sobreviventes do quintal
Muitos as arrancam
Não importa
Coleto sementes, faço mudas, planto árvores.
Superável é o limite do impossível.
Tem fotos, artes gráficas e 12 textos sobre o processo criativo que desenvolvi - e que repasso - , aos visitantes do Sítio Panakuí.
O livro avança no paradigma alternativo, onde mostro que o Patrimônio Tradicional é o segredo para a exploração sustentável dos nossos recursos naturais, portanto, para o desenvolvimento da Felicidade Interna Bruta (FIB). Aguardem!
domingo, 24 de junho de 2012
Trabalhadores da limpeza poderão aderir à campanha Resíduo Orgânico Zero
O Sítio ecológico e os trabalhadores da limpeza pública
As famílias, homens e mulheres, que trabalham na limpeza pública de São Luís, em breve poderão contar com a metodologia do sítio ecológico intuitivo para melhorar as suas vidas.
No sábado, um atento grupo de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (SEEAC) participaram da vivência ecológica no Sítio Panakuí. Os visitantes, 14 pessoas, conheceram as instalações do sítio, visitaram as diversas estações do local, ouviram atentamente tudo o que foi dito e mostrado.
Na apresentação do projeto, os dirigentes demonstraram domínio do conhecimento tradicional. São homens e mulheres decendentes de negros, índios e caboclos, nascidos no Maranhão profundo, com experiência na agricultura. Na caminhada na trilha da floresta, identificaram plantas, remédios e espécies raras.
Os trabalhadores da limpeza pública, tratados de forma indigna, forçados a uma rotina exaustiva de trabalho, recolhem o lixo da cidade e são consumidos pelas péssimas condições de trabalho. Muitos apresentam doenças, ferimentos e enfermidades originadas na árdua missão de recolher o que excede das residências, dos espaços públicos e privadas da cidade de São Luís.
São varredores (as), carregadores (as). A maioria é conhecida como Gari. Ou seja, estão no degrau mais baixo da escala trabalhista.
A grande novidade é que a legislação nova, representada pela Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, trata essa categoria como agentes de saúde pública. Foi o que ouviram de mim, na vivência. Vocês tem uma a missão: transformar a cidade de São Luís na capital da limpeza pública, onde os seus trabalhadores (as) não irão mais lidar com, pois lixo não existe, o que há é resíduo sólido e orgânico, que precisa ser resciclado, reaproveitado e reutilizado.
A conversa prossegue. Eles conheceram os detalhes da campanha São Luís Resíduo Orgânico Zero e deverão integrar-se, elevando assim o debate da limpeza da cidade, distribuindo os seus benefícios por todas as regiões.. Em São Luís o desperdício apenas com o resíduo orgânico é estimado, por baixo, em um milhão de reais/dia. Reaproveitar essa matéria prima pode transformar São Luís em um cidade verde, com hortas e pomares. É o que nós queremos, no seu aniversario de 400 anos..
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Sindicato de Asseio e Conservação visita o Panakuí
Neste sábado, 23.06, quem visita o Sítio Panakuí é a direção do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Asseio e Conservação. É o sindicato que representa os homens e mulheres que fazem a limpeza da cidade de São Luís, conhecidos também com Garis.
Os garis, em São Luís, formam a categoria que mais trabalha pelo bem-esta da sua população. Eles trabalham com as sobras, os resíduos sólidos e orgânicos, em uma condição com elevado índice de desumanidade. Basta observar a rotina dos homens que recolhem o lixo nas ruas. Eles passam o dia pendurados nos nojentos carros de lixo, que exalam odor insuportável pelas ruas da cidade. Mas os homens passam o dia recolhendo o lixo, correndo atrás da fedentina.
Precisamos da grande mudança. Precisamos de uma cidade limpa, onde a coleta seja feita de forma seletiva, que busca o reaproveitamento dos resíduos, o aproveitamento do material sólidos (garrapas e embalagens em geral) e do resíduo orgânico, que forma o volume principal. Em São luís, estima-se que diariamente são jogados nas ruas, pelas residências, 500 toneladas de resíduo orgânico, ou cerca de 1 milhão de reais, por dia. Prejuízo para a população, já que o resíduo orgânico é, na maioria, sobra de comida, comprada com o recurso do salário. São 15 milhões de tonelada/mês, ou 30 milhões de reais/mês. Este montante de recurso pode ser economizado, transformado em adubo, horta doméstica, verduras e legumes, em uma cidade mais bela e mais limpa, em saúde para a população e para a cidade.
A diretoria do Sindicato de Asseio e Conservação irá ao Sítio Panakuí para conhecer, in loco, a campanha São Luís Resíduo Orgãnico Zero. Depois da visita, poderá ser firmada uma aliança estratégica entre o Sindicato e o Panakuí, envolvendo a formação de multiplicadores para a campanha São Luís resíduo orgânicon zero.
Quando o Brasil realiza a Conferência Rio + 20, o Sindicato de Asseio e Conservação visita o Panakuí para conhecer a tecnologia que pode mudar a cidade, assim como a vida d(a)s trabalhadores da limpeza.
Em tempo: quem trabalha com limpeza não deve ser considerado como lixeiro, mas como um agente de saúde pública.
Os garis, em São Luís, formam a categoria que mais trabalha pelo bem-esta da sua população. Eles trabalham com as sobras, os resíduos sólidos e orgânicos, em uma condição com elevado índice de desumanidade. Basta observar a rotina dos homens que recolhem o lixo nas ruas. Eles passam o dia pendurados nos nojentos carros de lixo, que exalam odor insuportável pelas ruas da cidade. Mas os homens passam o dia recolhendo o lixo, correndo atrás da fedentina.
Precisamos da grande mudança. Precisamos de uma cidade limpa, onde a coleta seja feita de forma seletiva, que busca o reaproveitamento dos resíduos, o aproveitamento do material sólidos (garrapas e embalagens em geral) e do resíduo orgânico, que forma o volume principal. Em São luís, estima-se que diariamente são jogados nas ruas, pelas residências, 500 toneladas de resíduo orgânico, ou cerca de 1 milhão de reais, por dia. Prejuízo para a população, já que o resíduo orgânico é, na maioria, sobra de comida, comprada com o recurso do salário. São 15 milhões de tonelada/mês, ou 30 milhões de reais/mês. Este montante de recurso pode ser economizado, transformado em adubo, horta doméstica, verduras e legumes, em uma cidade mais bela e mais limpa, em saúde para a população e para a cidade.
A diretoria do Sindicato de Asseio e Conservação irá ao Sítio Panakuí para conhecer, in loco, a campanha São Luís Resíduo Orgãnico Zero. Depois da visita, poderá ser firmada uma aliança estratégica entre o Sindicato e o Panakuí, envolvendo a formação de multiplicadores para a campanha São Luís resíduo orgânicon zero.
Quando o Brasil realiza a Conferência Rio + 20, o Sindicato de Asseio e Conservação visita o Panakuí para conhecer a tecnologia que pode mudar a cidade, assim como a vida d(a)s trabalhadores da limpeza.
Em tempo: quem trabalha com limpeza não deve ser considerado como lixeiro, mas como um agente de saúde pública.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Carta do artista Joacy Jamys quando jovem
"Nesta ilha, março de 1999.
E aí, rapaz?
Apresento-me: Joacy Jamys, cartunista, quadrinhista (aquele que desenha quadrinhos), vocal da banda punk ESTRAGO, ativista anarquista-punk, poeta e etc... inquieto, é a verdade. Acho que você já leu algum trabalho meu ou pelo menos, ter visto alguma coisa dos punks pela city. Também sou diagramador do sindicato dos urbanitários (às vezes diagramava o PINGA FOGO).
Sou leitor do FOLHA DE GAIA há tempos e sempre interessei-me em participar com qualquer material. Já que soube que você, Matias, possui uma certa ligação anarquista e isto é bom. É o que disseram-me. Na verdade, não conheço anarquistas aqui em São Luís afora os punks e alguns universitários de embalo.
Não considero anarquistas universitários em sua maioria.
São academicistas.
São muito bonitinhos.
Pena, perdi o debate com o Roberto Freire. Li a entrevista no GAIA.
É o seguinte: gostaria de manter um contato pessoalmente contigo, para conhecer melhor o pessoal de São Luís, pois eu sou editor também. Trabalho com imprensa alternativa há seis anos, publicando duas revistas de quadrinhos, LEGENDA e SINGULARPLURAL ( que virará revista de mercado futuramente) e as de música SOCIEDADE DOS MUTILADOS (sairá o número 03 agora) e GRITO PUNK ZINE? (anarquia). Tenho muito contato com todo tipo de gente no país e no exterior, onde publico há um ano na Europa no circuito under. Desde poetas, grupos anarquistas ou não, artistas gráficos, escritores, trovadores, leitores comuns, bandas, rádios piratas, jornais, fanzines... além de ter uma extensa b iblioteca de publicações undergrounds...
Sou um dos fundadores do grupo anarquista MAP/MA (Mov. Anarco-punk do Maranhão), onde reúne alguns punks do extinto MPS e ligado aos vários MAP's da nossa federação. Somos um grupo pequeno, mas conhecidos e mesmo um tanto parados, estamos organizando ações diretas, principalmente para o 1. de maio - que somos extremamente contra a comemoração. Sempre nos reunimos às sextas-feiras, a partir das 19h na Praça Deodoro (ao lado da entrada do SESC, defronte ao Rosa Castro).
O meu interesse com o folha é a publicação de material anárquico ou mesmo, divulgação de nosso ideal, que é o de conscientização e busca da verdade. Já que não adotamos partidarismos, as pessoas mesmo que se dizem "anarquistas", vão ter surpresas com os punks, queimados pela imagem de marginais que o Sistema sempre prega - na verdade, os poetas urbanos que lutam por uma vida melhor, pela igualdade e pela vida.
Também posso participar com alguns cartuns.
Vou terminar. Acha que escrevi muito?
Abraço, Joacy Jamys "
Não, querido amigo. Escreva sempre.
(Carta que guardava nos arquivos emocionais, agora compartilhada com as demais amizades do querido Joacy James)
Esteja em paz, poeta urbano e lutador da igualdade e pela vida.
E aí, rapaz?
Apresento-me: Joacy Jamys, cartunista, quadrinhista (aquele que desenha quadrinhos), vocal da banda punk ESTRAGO, ativista anarquista-punk, poeta e etc... inquieto, é a verdade. Acho que você já leu algum trabalho meu ou pelo menos, ter visto alguma coisa dos punks pela city. Também sou diagramador do sindicato dos urbanitários (às vezes diagramava o PINGA FOGO).
Sou leitor do FOLHA DE GAIA há tempos e sempre interessei-me em participar com qualquer material. Já que soube que você, Matias, possui uma certa ligação anarquista e isto é bom. É o que disseram-me. Na verdade, não conheço anarquistas aqui em São Luís afora os punks e alguns universitários de embalo.
Não considero anarquistas universitários em sua maioria.
São academicistas.
São muito bonitinhos.
Pena, perdi o debate com o Roberto Freire. Li a entrevista no GAIA.
É o seguinte: gostaria de manter um contato pessoalmente contigo, para conhecer melhor o pessoal de São Luís, pois eu sou editor também. Trabalho com imprensa alternativa há seis anos, publicando duas revistas de quadrinhos, LEGENDA e SINGULARPLURAL ( que virará revista de mercado futuramente) e as de música SOCIEDADE DOS MUTILADOS (sairá o número 03 agora) e GRITO PUNK ZINE? (anarquia). Tenho muito contato com todo tipo de gente no país e no exterior, onde publico há um ano na Europa no circuito under. Desde poetas, grupos anarquistas ou não, artistas gráficos, escritores, trovadores, leitores comuns, bandas, rádios piratas, jornais, fanzines... além de ter uma extensa b iblioteca de publicações undergrounds...
Sou um dos fundadores do grupo anarquista MAP/MA (Mov. Anarco-punk do Maranhão), onde reúne alguns punks do extinto MPS e ligado aos vários MAP's da nossa federação. Somos um grupo pequeno, mas conhecidos e mesmo um tanto parados, estamos organizando ações diretas, principalmente para o 1. de maio - que somos extremamente contra a comemoração. Sempre nos reunimos às sextas-feiras, a partir das 19h na Praça Deodoro (ao lado da entrada do SESC, defronte ao Rosa Castro).
O meu interesse com o folha é a publicação de material anárquico ou mesmo, divulgação de nosso ideal, que é o de conscientização e busca da verdade. Já que não adotamos partidarismos, as pessoas mesmo que se dizem "anarquistas", vão ter surpresas com os punks, queimados pela imagem de marginais que o Sistema sempre prega - na verdade, os poetas urbanos que lutam por uma vida melhor, pela igualdade e pela vida.
Também posso participar com alguns cartuns.
Vou terminar. Acha que escrevi muito?
Abraço, Joacy Jamys "
Não, querido amigo. Escreva sempre.
(Carta que guardava nos arquivos emocionais, agora compartilhada com as demais amizades do querido Joacy James)
Esteja em paz, poeta urbano e lutador da igualdade e pela vida.
terça-feira, 19 de junho de 2012
A quem interessar
um dia
em folhas soltas
fiz poemas
as folhas
livres
tomaram (des)
tino
Ignorado
Perdi-me dos poemas
quase ponho a casa abaixo
(re) virei tudo e nada
não os encontrei
são poemas in natura, como água.
têm a forma das pedras raras,
precisam de lapidação, de cuidados
perdidos estão, rasurados,
maltrapilhos e sem nomes,
parecem tortos na vida,
(re)bentos (des) garrados.
temo pela (san)idade dos puros.
poemas livres são (peri)gosos;
podem reduzir donzelas,
(des)fazer lares, incendiar vidas.
desde que os perdi
(vi) rei garimpeiro de poemas
busco nas frestas, nas trilhas ermas,
nas nesgas, nas falas, nos olhares esquecidos,
rastros de poemas.
quem encontrar os ditos
use-os (com)
forme o escrito
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Projeto Maranhão + 20 - Surgem as primeiras adesões.
Tem sido boa a receptividade à proposta Maranhão + 20. Agentes diversos sinalizam para a união de esforços na defesa da vida com qualidade, no Maranhão.
Destaco a conversa que tivemos com o professor Cidinho Marques, na manhã desta sexta-feira.
Cidinho Marques é filho de uma localidade chamada Barro Branco, no interior de Buriti de Inácia Vaz.
No início do ano, ao apresentar a proposta do Sítio Ecológico, conheci um pouco da localidade, pelo olhar e a emoção do seu filho, hoje um ´professor respeitado e um empresário da área da educação.
convidei-o para implantarmos a proposta do sítio ecológico, mas não agendamos nada. Hoje, em um encontro casual, conseguimos avançar na proposta. Abaixo uma parte da mensagem que acabo de receber do professor Cidinho Marques:
"Todo mundo fala muito sobre aquecimento global, terra devastada, trágico
futuro ecológico da humanidade, mas ninguém, ou poucos fazem algo de
concreto realmente. E o resultado está aí: Já retiramos mais de 1/3 do que a
terra pode nos dar. Hoje já se fala de " Genocídio" (assassinato da terra).
A solução parece estar mesmo é em cada um de nós, pois o cuidado com o
planeta começa quando começamos a cuidar de nós mesmos. Se não podemos
salvar o planeta, façamos, pelo menos o que cada um pode fazer pelo seu
entorno. E isto começa com nosso corpo, nossa mente, nossa alma. Mas também
começa com nossa casa, nossa cidade. Nossos pais nos deixaram um pedaço de
planeta ainda preservado em muitos aspectos: O querido Barro Branco! Estamos
reformando a casa, a cerca, etc. Mas o que temos feito pela natureza que
cerca o BB? Talvez nada de significativo! Se queremos um BB com futuro (até
pensando nas gerações que vierem) precisamos, definitivamente, iniciar uma
nova cultura de habitação naquele pequeno torrão.
Recentemente tive a oportunidade de visitar (com os alunos da nossa escola)
um exemplo de sitio ecológico aqui na ilha. O Sítio Panakuí, de Moisés
Matias. Já fui lá duas vezes e fiquei simplesmente encantado. Seu criador,
um idealista do respeito à natureza, Moisés, se ofereceu para nos ajudar (se
for do nosso interesse) a criar uma nova cultura de habitação ( e uso) do
BB. Ele tem um projeto de oficina para moradores e gostaria de nos ajudar a
recriar um novo BB a partir do uso ecologicamente correto de suas terras,
águas e vida natural.
Com a aproximação do mês de julho e a antológica visita do Bindito, creio eu
ser um bom momento para o Moisés ir visitar o BB e bater um papo conosco (e
moradores mais chegados) no sentido de fazermos um plano para iniciar algo
em direção à causa defendida neste e-mail." Cindinho Marques.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Participe do projeto Maranhão um Sítio Ecológico
Às vésperas da Rio + 20, a conferência global que se propõe a mudar a história da humanidade, apontando para o modelo da sustentabilidade, no Maranhão nós convocamos a sociedade civil, as organizações públicas e privadas, para a marcha da grande mudança, no Maranhão.
Participe do projeto Maranhão Sítio Ecológico. Visite o Sítio Panakuí. Associe-se ao projeto que ativa a Felicidade Interna Bruta (FIB). Estamos, assim, fazendo não apenas uma Maranhão + 20, mas deslanchando um processo de implantação de iniciativas ecológicas em todos os rincões deste Maranhão rico e generoso. Vamos mudar a história deste estado. Faça a sua parte e mude a sua vida, a vida da sua família, a história do Maranhão. Faça parte do movimento Maranhão Sítio Ecológico.
Apresentação do projeto.
O projeto Maranhão Sítio Ecológico surgiu da proposta de que é possível uma convivência em harmonia com a natureza. Implantado como um projeto piloto no Sítio Pakanuí (panã= cesto, kui= pequeno), pequena propriedade com área de 03 hectares localizada na região leste da Ilha de São Luís, que integra o homem à natureza de forma sustentável.
A viabilização do projeto não está restrita à articulação com órgãos da administração pública, não havendo qualquer dependência econômica ou vínculo político, posto que para funcionar, após a capacitação, necessitará apenas da força da comunidade. É, portanto, um projeto auto-sustentável.
Maranhão Sítio Ecológico propõe a articulação em rede de pequenas e médias áreas demonstrativas de uma nova maneira de viver e produzir na terra, sem usar agrotóxicos, aditivos não orgânicos, mas adotando-se a agroecologia de forma integrada e profunda.
Isso porque o sítio ecológico não se constitui em um modelo pronto para ser aplicado, mas sim em um sistema que integra 10 (dez) dimensões existentes ou possíveis de serem desenvolvidas em qualquer ecossistema, conforme exposto no Livro Sítio Ecológico, um guia para salvar o planeta, de autoria do ambientalista Moisés Matias, quais sejam:
a) Pessoas;
b) Estudos/Diagnósticos;
c) Agroecologia;
d) Biomoradia;
e) Reciclagem/Reuso;
f) Água;
g) Usina Solar;
h) Consumo Ecológico;
i) Saúde Ecológica; e
j) Marketing Ecológico.
Dessas dimensões, umas estarão mais disponíveis e acessíveis que outras, mas todas poderão ser perfeitamente alcançadas em qualquer bioma existente no Brasil e, neste caso específico, em qualquer município do Maranhão.
O Projeto Panakuí já desperta atenção da sociedade maranhense. Na última edição do Prêmio BNB de Jornalismo, a jornalista Rayssa de Sousa Alves sagrou-se vencedora com a matéria sobre o Sítio Ecológico. Essa é uma prova de que o projeto Maranhão Sítio Ecológico se apresenta como uma alternativa para muitos problemas existentes no estado, podendo contribuir para o desenvolvimento social e econômico e para a preservação da fauna e flora locais, ao passo que atua no despertar da consciência ecológica
sábado, 9 de junho de 2012
Josemar Lima é um personagem destacado da história recente do Maranhão. Um ator que nas últimas décadas tem contribuido para a construção do Maranhão solidário. Reencontrei Josemar Lima em sua casa, na Alameda dos Sonhos, onde vive há mais de 30 anos. Dono de um sítio ecológico há mais de 30 anos, ex-presidente do Incra, secretário municipal de agricultura e representante do IICA/MA, Josemar carrega a utopia do Maranhão solidário e ecológico na biografia.
Atualmente o que nos une e o Sítio ecológico. Em nosso reencontro, apresentei a pesquisa, o livro Sítio ecológico - um guia para salvar a terra, convidei-o para ajudar na propagação do estudo. Mas não havia necessidade do convite. Josemar respira o projeto alternativo, mesmo sem participar de organizações políticas formais.
Em sua opinião, a proposta do sítio ecológico é uma síntese do que de melhor se fez, nos últimos anos, em termos de projeto alternativo, no Maranhão. Saí da sua casa, na alameda dos sonhos, com as baterias recarregadas. Atualmente Josemar Lima é consultor do IICA e coordena projetos importantes da organização, em outros estados da federação. "Nós vamos apresentar a pesquisa do Sítio ecológico à direção do IICA, em Brasília", assevera Josemar Lima. Boa viagem, Josemar Lima, morador da Alameda dos sonhos do Maranhão solidário e ecológico
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Jornalista pioneiro em defesa da ecologia
Jornalista pioneiro em defesa da ecologia diz
que Estado enfrenta problemas graves na área
Por Waldemar Terr (Entrevista publicada no dia 03.06, no Jornal Pequeno.
Apesar da proximidade da Rio + 20 e devido à aprovação
do Código Florestal, o jornalista Moisés Matias, pioneiro
no jornalismo ecológico e na defesa do meio ambiente
no Estado, não se mostra muito confiante, por conta de que
“aqui não se faz saneamento, não se trata o lixo, não se preserva
as margens dos rios”. Matias toca um sítio ecológico em
São Luís, mas diz que eles existem aos milhares no Maranhão,
ainda invisíveis, e que é a grande mina, mas mesmo assim o
poder público não dá apoio e nem procura preservar os rios
do Estado, a exemplo do Itapecuru, que abastece metade da
população da capital.
“Até busquei o apoio das instituições, mas infelizmente tive
que executar o estudo com recursos limitados, enfrentando as
dificuldades que uma tarefa deste porte implica. O Maranhão
vive uma realidade política de anacronismo e barbárie, onde
não há espaço para a inovação e o desenvolvimento da criatividade.
Com o mundo em crise, no Maranhão ainda se respira
a cópia do modelo em crise como novidade”, avalia.
Ele não aposta muitas fichas no novo Código Florestal,
“por ser uma lei ruim, mas pior que a lei é a falta de políticas
públicas para o setor, no Maranhão”.
A seguir a entrevista, na qual o jornalista fala desses e
de outros assuntos ecológicos, em especial do laboratório
ecológico, “o Sítio Panakuí, um projeto que permite ativar a
Felicidade Interna Bruta (FIB), e que, uma vez aplicado como
política pública, transforma o Maranhão em uma potência
social e ecológica para o Brasil e o mundo”; do kit sanitário
que inventou para reaproveitar o lixo orgânico caseiro.
Segue a primeira pergunta. A entrevista completa pode ser lida no site www.folhadoamanha.net
Texto Jornal Pequeno – Primeiro,
faça um pequeno perfil seu
como ecologista e pioneiro no
jornalismo ecológico.
Moisés Matias – Nasci no
Acre, na fronteira com o Peru,
no coração preservado da Amazônia.
Ainda na adolescência,
convivi com Chico Mendes e
com Marina. Chego ao Maranhão
em 1986 e em 1989 eu, Paulo
Melo Souza e outras pessoas,
editamos o jornal ecológico Folha
de Gaia, um pioneiro no tema
no Brasil. Desde então venho
participando de pesquisas, estudos
e eventos, o que inclui a
participação da ECO-92. Passei
vários anos estudando o Maranhão,
viajando e publicando
denúncias e outros textos sobre
o tema. A grande indagação que
eu carregava, e ainda carrego, é
o fato de o Maranhão apresentar
uma fabulosa riqueza ambiental,
seu povo carregar uma cultura
tradicional de grande valor, algo
que é considerado como “valor
inestimável”, e o estado apresentar
os mais baixos indicadores
sociais do Brasil. Assim, em 2003
nós começamos a construir um
laboratório ecológico, em um
pequeno espaço de terra, em São
Luís, com o objetivo de provar
que o Maranhão é rico e que a
riqueza poderia ser acessada e
distribuída através da ecologia.
E assim surgiu o Sítio Panakuí,
um projeto que permite ativar a
Felicidade Interna Bruta (FIB),
e que, uma vez aplicado como
política pública transforma o
Maranhão em uma potência
social e ecológica para o Brasil
e o mundo.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Crianças do COC mergulham no Panakuí
O sítio panakuí foi invadido. Criaturinhas animadas e cheias de vida encheram as instalações do espaço ecológico, com suas alegrias, com perguntas precisas e olhares inquiridores.
Nada possou despercebido. As inquietações espontâneas, a diposição para tocar, sentir, cheirar e imaginar se espalharam como tinta azul na água limpa.
O Sítio Panakui não será o mesmo,após sofrer os efeitos da benéfica onda infantil irradiada pelas crianças do Colégio COC.
A visita começou às 9:00 hs, estendendo-se até as 11:00 horas. Neste curto tempo as criaturinhas avançaram na ecologia, exploraram as instalações, inauguraram o banheiro ecológico, prepraram e alimentaram as aves caipiras com o alimento saudável, produzido na frente do grupo.
Depois, todos queriam pisar no bairro, na preparação do tijolo ecológico, o adobe. Quem não pisou a massa de barro fez questão de colocar o mão na massa,fabricando os primeiros tijolos ecológicos de suas vidas.
A aventura prosseguiu na trilha da mata, no abraço à lagoa, no abraço ao pé de Buriti. E tudo virava estória, aventura, vitória e conquista. Alguns procuravam cobras e jacarés, outros fugiam das formigas e lagartas, mas nenhuma criatura demonstrou medo, indisposição ou timidez na lida com a natureza.
O guia da aventura, preocupado com a responsabilidade de receber uma delegação tão importante e tão esperta no espaço - a primeira vez que recebemos crianças no sítio -, esmerava-se para dizer a palavra certa, fazer o ato correto. Sei que as experiências infantis são únicas e valem para a vida inteira.
ao final, esfogueadas pela aventura, elas mostravam as marcas das formigas e dos pequenos insetos, as roupas sujas de barro e os rostos vermelhos e suados. Missão cumprida: Os desbravadores embarcam na viagem de volta e deixam uma discreta luz azulada na estrada. Acho que a imaginação extrapolou a realidade e eles viram e sentiram, certamente, muito mais do que eu. Obrigado ao Colégio COC pela ousadia.
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