sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

sítio ecológico, simples e revolucionário

Há cinco anos inciamos uma pesquisa ecológica profunda, em uma área de 03 ha, na periferia de São Luís/Ma.
Após estudar as possibilidades oferecidas pela escola formal de agricultura (assist. técnica, informação das universidades, conversas com especialistas, concluí que a Agricultura formal, de origem acadêmica cartesiana é totalmente incapaz de resolver os desafios colocados no presente. Mais: não tem proposta concreta para as áreas micro e médias, sem que se cause grandes danos ao ambiente e às criaturas.
Comecei então a implantar um projeto ecológico profundo. Implantei um sítio ecológico modelo, chamado Panakuí, fiz um manual para a implantação de experiências similares, chamado Sítio ecológico, um guia para salvar a terra, e formatei uma metodologia para a formação de multiplicadores.
No modelo panakuí, o sítio deve ser visto em todas as suas dimensões, não apenas a produtiva de renda formal ou de alimentos. Trabalha-se com indicadores de riqueza similares aos que formam a Felicidade Interna Bruta (FIB), tendo por base a matriz do conhecimento tradicional.
A sítio ecológico não é, no caso, um pedaço de terra, mas a gênese ecológica que existe no coração e na mente das pessoas envolvidas. Ou seja, antes é preciso fazer brotar o "eu ecológico" que cada um traz dentro de sí, sufocado, gerando assim tensões, enfermidades e neuroses.
Trata-se de uma metodologia simples, portanto REVOLUCIONÁRIA, que pode multiplicar a renda da gente do norte e nordeste, em um prazo curto, em média, 04 anos, pois trabalha-se a ativação de riquezas extraordinárias, existentes nas localidades, como o Patrimônio Tradicional, conhecimento que remonta a milhares de anos, os recursos naturais, ambos possuidores de valores inestimáveis.
Atualmente,recebo pessoas no Sítio Panakuí e faço vivências de um dia, ministro palestras e cursos de três dias para a formação de multiplicadores da metodologia sítio ecológico.
A implantação do sítio ecológico, no nível pessoal e familiar, permite enfrentar a crise de abastecimento de alimento de qualidade, garante-se a preservação da natureza e - mais importante -, assegura-se uma vida com qualidade para todos os envolvidos. Com o sítio ecológico tem-se mais saúde. Várias doenças provenientes da alimentação e do estilo de vida inadequados, carente de proteinas e vitaminas, seriam totalmente extintas.
Sei que a ONU realizará, dias 21 e 22 de junho, em Bruxelas, um Seminário Internacional sobre a Agroecologia no mundo. Gostaria de participar de tal evento. Na impossibilidade atual, ofereço-me para estimular a criação de um circulo virtuoso de abundância e generosidade, com a aplicação da Metodologia de Implantação de Sítios Ecológicos Intuitivos, na amazônia, no nordeste, em qualquer parte do Brasil.
Mais informações estão disponíveis no www.folhadoamanha.net, ou no www.sitiodomoisesmatias.blogspot.com ,
ou no fone (98) 3253 3372

Saudações ecológicas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Acre sitio ecológico

Sítio ecológico: tradição dos seringais é autossustentável


Escrito por Onides Bonaccorsi Queiroz - onides.queiroz@yahoo.com.br
30-Jan-2011
Ecologista Moisés Matias propõe a valorização do conhecimento tradicional
Ao jornalista profundamente estressado que procurou ajuda, a maioria dos médicos prescreveu tranquilizantes e antidepressivos. Felizmente, um deles recomendou: “Vá caminhar”.
Com os pés literalmente no chão, Moisés Matias começou a se recuperar. Encontrou sua cura e uma nova proposta para viver: na terra, da terra e com a terra.
Ao buscar suas raízes, o acreano de Tarauacá reencontrou o conhecimento tradicional do seringueiro. A partir dele, adotou o conceito de “sítio ecológico” e o colocou em prática numa área chamada “Panakuí” (significa paneiro pequeno), próxima à cidade de São Luís, no Maranhão, onde vive.


Moisés: “O sítio ecológico ativa um círculo de abundância”
A ideia básica do sítio ecológico é propiciar o desfrute de uma vida de qualidade, cujo sucesso é medido através da FIB (Felicidade Interna Bruta) em vez do PIB (Produto Interno Bruto). Parece brincadeira, mas é o índice oficial adotado desde os anos 70 pelo Butão (veja box à direita), país asiático. O sítio ecológico se utiliza de alguns princípios: produção de alimentos orgânicos para quem ali reside, preservação de áreas de vegetação original, geração de renda e autossustentabilidade (veja box à esquerda). Inclui a utilização de energia solar, eólica e da chuva, bem como a reutilização da água. Além disso, um dos pontos mais fortes do projeto é a transformação do lixo orgânico em estrume, medida que pode ser adotada pelas residências.
E qual tem sido o resultado dessa empreitada para Moisés e sua família? Saúde, boa alimentação, valorização de produtos da região e autoestima. “O sítio ecológico ativa um círculo de abundância, enquanto que uma fazenda convencional é deficitária do ponto de vista ecológico”, conta.
Moisés dá palestras e consultoria sobre o tema. E agora quer promover o fortalecimento dessa cultura também no Acre, sua terra natal. Em tempo: ele é filho de José Marques de Souza, o Matias, líder de movimentos sociais e teatrólogo que se destacou nos anos 80 em Rio Branco (veja box abaixo).
O que é autossustentabilidade?
Autossustentabilidade é um conceito de ecologia que define a exploração de recursos naturais que cause mínimo impacto sobre o meio ambiente, que dê tempo para a natureza se recompor e traga retorno financeiro suficiente para o sustento das pessoas envolvidas e de suas famílias com dignidade.
Matias, líder social e teatrólogo
Dos seringais do Vale do Juruá até sua participação em movimentos sociais em Rio Branco, José Marques de Souza, o Matias, utilizou o teatro para denunciar e reivindicar melhores condições de vida para as comunidades menos favorecidas. Matias influenciou a vida de pessoas que com ele tiveram contato, desde as mais simples, que mudaram suas histórias de vida através do trabalho desenvolvido com o teatro, até artistas e intelectuais.
Fonte: Agência de Notícias do Acre, 05.11.2009
Butão inova ao criar a Felicidade Interna Bruta
O Butão, país da Ásia entre a Índia e o Tibet, criou uma visão alternativa para medir as riquezas de um país na década de 1970. Em vez de somente medir as riquezas materiais, passou a medir também a felicidade, o bem-estar da população e o desenvolvimento sustentável. Criou então o índice Felicidade Interna Bruta (FIB), pois o Produto Interno Bruto (PIB) não dava mais conta desses conceitos. A conta é simples: quando um país vende seus recursos naturais, por exemplo, o resultado final é tido como crescimento, mas os danos ambientais e sociais podem ser irreversíveis.

No Butão, Ásia, a felicidade da população também mede a riqueza do país
O cálculo do FIB inclui o padrão de vida econômica, educação de qualidade, saúde, expectativa de vida e longevidade comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, bons critérios de governança, gerenciamento equilibrado e bem-estar psicológico. Para o economista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) Ladislau Dowbor, a principal defasagem do PIB é não contabilizar
os estoques de recursos naturais. “Se um país exporta petróleo, corta suas florestas, na verdade está reduzindo o estoque de riquezas”, afirma. (...)Para Dowbor, é preciso mudar o paradigma do que significa felicidade e lucro. “Precisamos redescobrir coisas essenciais para a vida, como ter amigos, conhecer o bairro e valorizar a família”.
Fonte: Gazeta do Povo (Curitiba - PR ), 16.11.2008