quarta-feira, 30 de maio de 2012

Crianças do COC desbravam o Panakuí

O olhar perspicaz da criança. Seu jeito de sentir, de tocar, de falar. A emoção liberada no sorriso espontâneo. Assim foi a visita das crianças do Sistema COC de ensino ao Sítio Panakuí, realizada na manhã da terça-feira,28.05. Por três horas as 56 criaças correram, tocaram as plantas, fotografaram e sentiram a paisagem do sítio. Com perguntas precisas, elas circularam pelas dimensões do sítio e vi
ram a casa ecológica, as plantas com suas flores e frutos. Alguns queriam ver as cobras, outras perguntaram sobre os macacos e outros bichos. Foi a primeira visita de crianças ao Sítio Panakuí. O COC desbrava o campo do Sítio Ecológico Intuitivo, em São Luís. Seguindo o método da experimentação, as crianças pisaram o barro para fazer o adobe, pegaram no barro usando a fôrma artesanal e deixaram as marcas das mãos no adobe ainda mole. Com os animais eles ajudaram a preparar a ração ecológica para as aves, seguindo para o galinheiro, onde alimentaram as galinhas e os patos caipiras. Mas a melhor experiência foi a caminhada pela trilha da floresta e o abraço à lagoa natural. A viagem prossegue na quinta-feira e na sexta-feira, com outras duas turmas de exploradores da sustentabilidade ecológica.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

COC VAI AO SÍTIO PANAKUÍ

A Colégio COC, importante centro de ensino particular de São Luís, iniciou nesta segunda-feira, 28.05, uma importante parceria com o Sítio Panakuí. Uma palestra sobre Sítio ecológico e a sustentabilidade iniciou as atividades da Semana de Meio Ambiente. Durante a semana, três turmas do infantil visitarão as instalações do Sítio Panakuí, situado na zona rural da cidade, onde participarão de atividades sustentáveis, ajudarão a fazer tijolos de barro, visitarão o galinheiro ecológico e farão caminhadas pelas trilhas, o que inclui um passeio pelo ambiente do mangue. As crianças, na faixa de 09 a 13 anos, filhos de classe média, conhecerão in loco as praticas sustentáveis, como o reparoveitamento de resíduo doméstico, a produção de ração ecológica para aves e, simbolicamente, partiparão da inauguração do banheiro ecológico, que permite a reutilização dos dejetos humanos na forma de composto. O estabelecimento de ensino COC, que faz parte de uma rede nacional e no Maranhão é administrada pela família do empresário Cidinho Marques, com a atividades no Sítio panakuí, oferece à comunidade infantil uma experiência educacional com amplo significado, uma vez que a vivência será orientada para o exercício prático da sustentabilidade. Assim as crianças, após o passeio, poderão dizer em suas casas. "Eu vi fazer, eu ajudei a fazer e agora eu posso fazer na minha casa as ações sustentáveis que ajudam a preservar a natureza".

domingo, 20 de maio de 2012

Sítio ecológico, o seu negócio social e alternativo

Sítio ecológico, o seu negócio alternativo Há três anos mantenho o espaço Sítio Panakuí como laboratório de ecologia. No período recebi mais de 1.000 pessoas, para vivências de um dia, onde repasso uma técnica de ativação da inteligência ecologica emocional. Passaram pelas oficinas membros de igrejas, professores universitários, estudantes dos diversos níveis, trabalhadores e trabalhadaras rurais, jovens e crianças. Para todos eu repasso a informação que o Sítio ecológico precisa existir no coração, para depois se manifestar na vida, na varanda, no quintal da casa, no espaço maior. Este é o debate que realmente interessa ao mundo. A ecologia profunda. Precisamos abrir mão de certas facilidades modernas e voltar a valorizar o nosso mundo profundo, resgatar a gentileza, o cuidado com as pessoas e com as demais criaturas. Na comida, precisamos voltar a comer coisa boa, o que Deus deixou na terra. É preciso valorizar aquilo que colhemos com as mãos, ou os produtos que sabemos onde foram produzidos e por quem. Isto significa abrir mão de refrigerantes e preferir os sucos naturais. Preferir a tainha e os demais peixes do mar, que o tambaqui de cativeiro; ou a ave caipira em vez do frango de 40 dias, inflado com alimentação de baixa qualidade, hormônios e antibióticos. O projeto do sítio começou bem antes. Em 2004 sofri uma grave crise de estresse. Andei cabisbaixo, sentindo dores no corpo e na alma. Tudo parecia sem sentido. Estava com problemas de fígado, colesterol elevado, rins preguiçoso e outros males. Estava triste e cansado. Queria encontrar e fazer algo que realmente valesse a pena. Comecei a procurar a cura, comecei a caminhar. Comecei a plantar na varanda. Comecei a brigar menos. Aos poucos fui saindo do jornalismo de guerrilha. Saí da mídia. Sumi para o mundo e fui atrás de mim, da minha essência. Algum tempo depois estava com um sítio ecológico, escrevendo sobre o tema. Com a experiência bem desenhada, escrevi o livro Sítio ecológico, um guia para salvar a terra, na 2a ed. Apresentei o livro em escolas, igrejas, associações e municípios. Levei o livro para o Pará, o Acre, Porto Velho e Rio Branco. Continuei recebendo pessoas e, de tanto falar e pensar sobre o assunto, formulei o método de ativação da Felicidade Interna Bruta (FIB), tendo por base o conhecimento tradicional das gentes do norte e nordeste. No método do sítio ecológico o Maranhão não é pobre. É muito rico. Apesar de ser socialmente injusto. Mas a injustiça pode ser corrigida com a implantação do método do sítio ecológico, uma tecnologia que ativa a Riqueza abundante existente nesta terra, em outras paragens deste nosso Brasil. Pelo método do sítio ecológico intuiitivo uma família que vive na zona rural de Viana, ou Grajaú, com saúde, com uma pequena área de terra, e o desejo de continuar vivendo naquele local, pode ativar a sua Felicidade Interna Bruta (FIB), em um curto espaço de tempo. Até em um ano. Parece estoria de maluco. Talvez eu o seja. Mas acontece que vivi tudo o que falo e consigo provar o que digo. Vejamos: passei a comer coisa boa, a minha saúde, a saúde da minha família melhorou. Lidando com a terra, pisando na terra, respirando e liberando tempo livre, curei-me do estresse. Agora não ando tendo crises pelos cantos. O melhor: consigo mostrar o caminho da cura do estresse para as pessoas que assim o desejarem. Agora, quero mostrar para um grupo maior de pessoas o benefício do sítio ecológico. Estamos formatando o desenho do negócio ecológico, do negócio social, do sítio ecológico. Estamos transformando o Sítio Panakuí no Centro de Referência em Inteligência Alternativa (CRIA - Panakuí), ao tempo que instituímos os Núcleos de Inteligência Alternativa (NINHAS), em municípios, sítios e em outros locais. O negócio do Sítio Panakuí funcionará como franquia. As pessoas interessadas receberão a tecnologia que nós desenvolvemos, ao longo de dez anos de estudos e pesquisas aplicadas, e poderão aplicar em seus locais de trabalho e de vida, até repassar para seus aliados e parceiros. E ganhar dinheiro no negócio social e ecológico. Melhora vida da família, colabora com a natureza. Para a propagação do Negócio ecológico nós usaremos este espaço, o blog www.sitiodomoisesmatias.blogspot.com, o site www.folhadoamanha.net , as demais ferramentas de propagação de conteúdo e o contato pessoal, através das vivências e oficinas que realizamos no sítio panakuí e em outros locais. Faça o seu negócio social. Entre em contato conosco e faça o seu sítio ecológico, na sua casa, na terrinha da família. Saia do debate do Maranhão, o pior PIB do Brasil, e entre no time dos que acreditam que o Maranhão é terra boa para se viver com Felicidade Interna Bruta. Participe desta Revolução Ecológica que começa na sua casa. Venha, junte-se a nós e seja dono (a) do seu negócio ecológico e social. (Foto de estudante do Instituto Atenas, na visita ao Sítio Panakuí)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sítio ecológico na Fé em Deus

O bairro da Fé em Deus, em São Luís, possui o Movimento Popular de Integração Comunitária. Na noite de Quarta-feira, 16-05, apresentamos ao MPIC o projeto Sítio Ecológico. Estamos propagando o modelo do Sítio para as diversas localidades. A Fé em Deus é a primeira incursão em um bairro popular, na cidade de São Luís. Na localidade, várias casas possuem quintais, e o sítio ecológico poderá se prepagar no seu formato pequeno, com horta verticais, canteiros diminutos e aproveitando os espaços alternativas. No próximo dia 10.06 as lideranças do MPIC visitarão o Sítio Panakuí, onde participarão da vivência sítio ecológico intuitiva. Após a visita, será marcado um mutirão para a construção do primeiro quintal sítio ecológico, na Fé em Deus. O evento teve como articulador o ativista Joberval Bertoldo, liderança que foi dirigente estudantil, um dos organizadores do movimento que sacudiu o Maranhão e o Brasil, na segunda metade do século XX, a Revolta da Meia Passagem, no ano de 1979. Joberval ex-vereador, nasceu e cresc
eu no bairro Fé em Deus, e lá continua sua militância por um mundo ecológico e solidário.

sábado, 12 de maio de 2012

Meu pé de banana grande

Anos atrás, em visita à terrinha Rio Branco/Ac, fui dar uma volta no Mercado do Bosque, onde se pode encontrar uns quitudes legais que levantam a energia daquel@s que alongam as noitadas. Logo na entrada fui laçado por um suave aroma de mingal de banana grande. Aquele odor sauve, conhecido na infância, estava ausente das minhas narinas desde que saí de Rio Branco, em 1986. Nas minhas andanças não encontrei a Banana Grande, assim o sabor, e o odor sauve que invadia as minhas narinhas, traziam coisas, sons e cores de um mundo miraculoso da infãncia. Desci do carro e saí carregado,procurando de onde exalava o aroma do Mingal de Banana Grande. Então tomei um, dois e me empanturei de mingal. Deu vontade de levar para casa, pedir para embalar para viagem. Mas o mingal de banana grande não comporta essas inovações. Precisa ser feito e consumido quente, fumegante, com uma cobertura de pó de canela. As colheradas cheias, levadas à boca, aquela mistura amarelada, ainda quente, desce assim mesmo, esquentando goela abaixo até chegar ao estômago. Gostei tanto da experiêrncia que ao chegar em São Luís/Ma, procurei os criadores e consegui umas mudas de Banana Grande. No Sítio Panakuí tenho agora vários pés. Mas levei uma muda e plantei na casa da cidade, no canto do muro, ao lado do portão. A planta tem sido o meu xodó. Plantei, cuidei, adubei e, recentente, assisti o nascimento do primerio cacho do meu pé de banana grande. Não vejo a hora de colher as primeiras bananas e preparar o delicioso Mingal de banana grande. Até já tenho a receita, repassada por telefone por minha irmã querida Erotildes: Receita do Mingal de Banana grande. Pegue algumas bananas grandes maduras, ou ainda amadurecendo. Corte em pedaços, com casca,faça um corte longitudinal na casca, para que abra bem, e leve ao fogo. Cozinhe com um pouco de sal, para quebrar um pouco do doce da banana. Coloque uma colher de MANTEIGA, (nada de margarina, por favor). Quando as bananas estiverem moles, bem cozidas, tire do fogo, retire as cascas, bata no liquidificador com leite. Pode até colocar um pouco da água do cozimento. Pronto. Pode servir com um pouco de canela. A receita comportar algumas novidades, como um pouco de coco ralado, a mistura com farinha de tapioca em flocos. Mas o melhor, o imbatível, é o da receita tradional. Quando eu fizer o primeiro mingal do meu pé de banana grande eu vou fazer um vídeo e postar aqui. Aguardem!

sábado, 5 de maio de 2012

MATÉRIA SOBRE SÍTIO ECOLÓGICO GANHA PRIMEIRO LUGAR NO PRÊMIO BNB DE JORNALISMO



Mãos do desenvolvimento regional

Texto da matéria de Rayssa de Sousa Alves, que ganhou o prêmio BNB de Jornalismo/ 2011, com a matéria sobre o Sítio Ecológico.

O tempo que passa sem pressa no Sítio Ecológico é o motor do desenvolvimento em São Luís, no Estado do Maranhão. As frutas que desabrocham e os animais que crescem são bons exemplos. O equilíbrio entre o homem e a natureza é um dos segre-dos do lugar.
Tudo começou a partir da transformação de uma área de três hectares em modelo de sustentabilidade. A iniciativa é exemplo de que idéias simples podem fazer diferença na forma de tratar a terra.
O sítio ecológico foi idealizado pelo ecolo-gista Moisés Matias e fica na zona rural da capital maranhense. O modelo orgânico pode ser visto em todas as partes: da ali-mentação dos animais ao adubo das plantas.
As galinhas caipiras e patos são alimenta-dos com uma mistura nutritiva que não leva elementos químicos. Na composição são usados sobras de frutas, folhas de macaxei-ra, none e milho. O minhocário e as cinzas de madeira ajudam na produção de adubo para as plantas. E assim, a força da natureza vira impulso para o desenvolvimento regio-nal.
O ecologista também apostou na valoriza-ção dos conhecimentos tradicionais, ou seja, recorrer a sabedoria popular. Foi a partir daí que o Sítio Ecológico virou uma alternativa de geração de renda, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável na zona rural de São Luís. “Uma pesquisa feita no sítio durante cinco anos mostra que a natureza tratada com carinho, sem adubo químico e venenos, produz um resultado cada vez melhor, você cuida bem dela e ela de você”, reitera Moisés Matias.
A idéia se espalhou
Para além do Sítio Ecológico, as idéias vão ganhando forma em outros sítios que tam-bém adotaram o modelo de desenvolvimen-to sustentável. É em outro povoado afastado
da cidade que o produtor Altamiro Ferraz aproveita a fertilidade do solo maranhense. Em 1997, ele montou a Alimentum, empre-sa que fornece verduras, legumes e frutas para supermercados de São Luís. Uma infinidade de produtos saem fresquinhos do sítio como milho, quiabo santa cruz, alface roxo, cupuaçu, hortelã, pimentão, alho poro e rúcula.
O principal desafio desde que Altamiro começou a produzir em larga escala veio quando ele decidiu mudar radicalmente o modelo de produção. Resolveu não usar mais agrotóxicos. Os alimentos orgânicos como são chamados não representam risco a saúde de quem os consome.
Esse modelo de produção adota um ciclo, integrando os componentes da natureza. O esterco do boi não é descartado. Ele vai para uma caixa onde são adicionados água, leite, açúcar, cinzas de madeira, fosfato natural, ácido bórico e sulfato de zinco.
Essa mistura dá origem ao biofertilizan-te.Um líquido barrento vai direto para as redes de irrigação das plantas. Com esse sistema, o produtor economizou dinheiro que seria que usado para a compra de agro-tóxicos.
E o ciclo não para. As folhas do milho são trituradas e depois vão direto alimentar bois e vacas que produzem o esterco. En-tão, um novo ciclo é aberto.
Os agricultores que trabalham no sítio estra-nharam no começo. Mas hoje reconhecem as mudanças. “A natureza está retribuindo melhor do que antes, pois se esse verde não for cuidado, ela não retribui”, afirma seu Orlando Carlos Silva que trabalha como agricultor no sítio.
Preservação e aproveitamento são duas coi-sas que não faltam no sítio. Desde que a mudança foi adotada o trabalho aumentou, mas o rendimento da terra é cada vez melhor. Exatamente a cada dois meses e quatro dias, o milho é colhido. São cinco milheiros espa-lhados pelo sítio. Altamiro afirma que apos-tou na integração da natureza para diminuir as perdas de produção. “Nós percebemos com muita clareza que antes, no sistema convencional, tínhamos problemas seríssi-mos com pragas, perdíamos áreas inteiras porque não conseguíamos controlar as pra-gas que atacavam a plantação, hoje nós temos um sistema bem mais diversificado e temos mais facilidade de controlar as pragas porque utilizamos os produtos orgânicos que reforçam a defesa da planta”, festeja o pro-dutor, satisfeito com a mudança.
“O Maranhão não é pobre, o estado é muito rico, generoso, o Maranhão é injusto social-mente, mas essa realidade pode mudar e o Sítio Ecológico é um instrumento para isso”, conclui o idealizador do Sítio Ecológico.
(Matéria veiculada no boletim UFMA12/2011)