domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rio +20 e a agonia do maracujá


Começaram as chuvas. Tudo está mais verde. Os sons do carnaval estão nas ruas, mas o meu pé de maracujá, florido que estava uma beleza, agoniza.
Tentei vários recursos e não tive sucesso. Doença sem cura, disse o Manoel Campanhã, agrônomo e ecologista. Pensei em um funeral, não vi sentido e desisti. As folhas estão sem brilho e arriadas. Em alguns dias seu esqueleto estará brilhando ao sol, amarelo e seco. Só me restará cortá-lo em pedaços e esperar a transmutação em adubo.
Olho ao redor e vejo a vida pujante nas outras plantas. Meu maracujá se foi. Plantarei 100 pés de pitangas, uns 500 pés de Cubiu e algumas centenas de juçaras.
Para quem não conhece Cubiu, eu o redescobri no Acre, em um canteiro lindo. Consegui uma fruta e o trouxe para o Maranhão. Agora, estou com as sementes e vou distribuir as mudas por São Luís. É uma fruta meio verdura. Aparentado com a Jurubeba e com o tomate, é amarelo e de sabor forte. Em breve servirei suco de Cubiu, no Panakuí.
Mas leio, na VEJA, a entrevista do Achim Steiner, diretor do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o meio ambiente). Ele espera que a Rio+20 defina "ações concretas para estimular a economia verde". Entre outros destaques, ele cita o desenvolvimento das energias sustentáveis, que em 2010 superou a soma de tudo o que foi investido em óleo, gás e carvão.
Veja mais:
"Espero que passe a vigorar um mecanismo internacional que possibilite aos países fazer a transição para a economia verde".
"A China, um dos maiores poluidores do planeta, é o país que mais investe atualmente em tecnologia verde".
"Os objetivos do que chamamos de 'economia verde' são dois: deter a destruição do meio ambiente e assegurar bem estar à população".
Gostei. Não salvei o pé de maracujá mas levarei o sítio ecológico para a Rio+20. Para fazer o que o presidente da PNUMA diz é só fazer a economia verde, espalhando o sítio ecológico pelo planetinha.

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