quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jornalista pioneiro em defesa da ecologia

Jornalista pioneiro em defesa da ecologia diz que Estado enfrenta problemas graves na área Por Waldemar Terr (Entrevista publicada no dia 03.06, no Jornal Pequeno. Apesar da proximidade da Rio + 20 e devido à aprovação do Código Florestal, o jornalista Moisés Matias, pioneiro no jornalismo ecológico e na defesa do meio ambiente no Estado, não se mostra muito confiante, por conta de que “aqui não se faz saneamento, não se trata o lixo, não se preserva as margens dos rios”. Matias toca um sítio ecológico em São Luís, mas diz que eles existem aos milhares no Maranhão, ainda invisíveis, e que é a grande mina, mas mesmo assim o poder público não dá apoio e nem procura preservar os rios do Estado, a exemplo do Itapecuru, que abastece metade da população da capital. “Até busquei o apoio das instituições, mas infelizmente tive que executar o estudo com recursos limitados, enfrentando as dificuldades que uma tarefa deste porte implica. O Maranhão vive uma realidade política de anacronismo e barbárie, onde não há espaço para a inovação e o desenvolvimento da criatividade. Com o mundo em crise, no Maranhão ainda se respira a cópia do modelo em crise como novidade”, avalia. Ele não aposta muitas fichas no novo Código Florestal, “por ser uma lei ruim, mas pior que a lei é a falta de políticas públicas para o setor, no Maranhão”. A seguir a entrevista, na qual o jornalista fala desses e de outros assuntos ecológicos, em especial do laboratório ecológico, “o Sítio Panakuí, um projeto que permite ativar a Felicidade Interna Bruta (FIB), e que, uma vez aplicado como política pública, transforma o Maranhão em uma potência social e ecológica para o Brasil e o mundo”; do kit sanitário que inventou para reaproveitar o lixo orgânico caseiro. Segue a primeira pergunta. A entrevista completa pode ser lida no site www.folhadoamanha.net Texto Jornal Pequeno – Primeiro, faça um pequeno perfil seu como ecologista e pioneiro no jornalismo ecológico. Moisés Matias – Nasci no Acre, na fronteira com o Peru, no coração preservado da Amazônia. Ainda na adolescência, convivi com Chico Mendes e com Marina. Chego ao Maranhão em 1986 e em 1989 eu, Paulo Melo Souza e outras pessoas, editamos o jornal ecológico Folha de Gaia, um pioneiro no tema no Brasil. Desde então venho participando de pesquisas, estudos e eventos, o que inclui a participação da ECO-92. Passei vários anos estudando o Maranhão, viajando e publicando denúncias e outros textos sobre o tema. A grande indagação que eu carregava, e ainda carrego, é o fato de o Maranhão apresentar uma fabulosa riqueza ambiental, seu povo carregar uma cultura tradicional de grande valor, algo que é considerado como “valor inestimável”, e o estado apresentar os mais baixos indicadores sociais do Brasil. Assim, em 2003 nós começamos a construir um laboratório ecológico, em um pequeno espaço de terra, em São Luís, com o objetivo de provar que o Maranhão é rico e que a riqueza poderia ser acessada e distribuída através da ecologia. E assim surgiu o Sítio Panakuí, um projeto que permite ativar a Felicidade Interna Bruta (FIB), e que, uma vez aplicado como política pública transforma o Maranhão em uma potência social e ecológica para o Brasil e o mundo.

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