A surpresa Marina

A surpresa Marina

A campanha eleitoral chegou na marca da largada dos candidatos. Até agora tivermos uma corrida de apresentação. Os 50 metros rasos começam mais ou menos neste ponto, a 13 dias para o primeiro turno da eleição.

Até aqui, algumas surpresas já se apresentam. A primeira delas se chama Marina Silva, uma filha de seringueiros, do pequeno Acre, candidata do nanico PV, sem dinheiro, sem tempo de TV, que desponta com seus vigorosos 10 a 12%, e com tendência de crescimento.

Trata-se de um fato extraordinário.

A outra surpresa se chama José Serra. Governador de São Paulo, estado mais rico da federação, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência da República pelo poderoso PSDB. José Serra chega à marca dos 50 metros rasos perdendo votos e em queda livre.

A líder na disputa, Dilma, candidata do PT, com o apoio irrestrito do presidente Lula, montada na máquina federal, já tem voto suficiente para ganhar a parada no primeiro turno, mas, agora,precisa passar pelo teste dos 50 metros rasos.

Dilma enfrenta inúmeras denúncias, ganhou a antipatia dos evangélicos e vê a rejeição ao seu nome aumentar a cada hora.

Marina Silva cresce na disputa, avança na preferência da juventude, dos artistas e das mulheres. Sua estratégia de campanha é simples e eficiente: seja +um. E de um em um marina montou uma máquina de campanha extraordinária, usando a criatividade, a participação voluntária e os recursos da tecnologia.

Seu WWW.movmarina.com.br mobiliza milhares de voluntários, aglutina mais de 700 grupos e tem perto de 1800 casas de campanha.

Como na história da lebre e a tartaruga, Dilma vem escorregando na pista, tropeçando nas pernas e começa a olhar para trás, temendo exatamente a candidata que chega na marca dos 50 metros rasos nas melhores condições e que pode, na reta final, surpreender o Brasil e o mundo.

E assim, seduzindo corações e mentes, carregando a utopia do Brasil Justo e solidário, ganhando um por vez, Marina Silva chega na marca dos 50 metros com o gás necessário para se classificar para o segundo turno das eleições presidenciais do Brasil.